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Não se pode discutir reforma de verdade criando partido fictício, diz Cunha

Cunha voltou a criticar a criação do PL - Danilo Verpa/Folhapress
Cunha voltou a criticar a criação do PL Imagem: Danilo Verpa/Folhapress

Em São Paulo

27/03/2015 12h35

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, voltou a criticar a criação do PL, chamado por ele de partido fictício. Segundo Cunha, a crise política se agrava quando o governo não faz gestos de aproximação ou até faz gestos no sentido contrário.

"Não se pode discutir reforma política de verdade criando partido fictício", disse o peemedebista, que defendeu a criação do Rede Sustentabilidade, de Marina Silva, partido que, segundo ele, tem base ideológica.

O peemedebista disse nesta sexta-feira (27),que votará em maio o projeto de reforma política discutido em comissão especial na Casa. Segundo o presidente, a Câmara deve reservar uma semana para discutir o tema e as mudanças na legislação serão feitas via projeto de lei ou emenda constitucional.

Bastante vaiado por manifestantes que foram ao plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo, Cunha disse que eram pessoas escaladas para fazer movimento político.

Os manifestantes pediam reforma política, segundo o presidente da Câmara, a mesma definida pelo PT. Sobre as acusações de ser "homofóbico", o presidente da Câmara disse que não se considera como tal, mas que estava na Alesp para representar o cargo que ocupava, não para discutir suas posições pessoais.

Cunha foi perguntado sobre o projeto de lei que limita em 20 o número de ministérios e reiterou sua posição, como autor do projeto. O deputado disse que a bancada do PMDB na Câmara já abriu mão de indicar ministro no ano passado e que não teria problema em "abrir mão de todos os ministérios, se for necessário".

Com protagonismo crescente nos últimos meses, o deputado do Rio foi perguntado sobre seus poderes e se era uma espécie de primeiro-ministro. Cunha disse que o que aconteceu nos últimos tempos foi que o poder Legislativo deixou de ser submisso ao Executivo e começou a trabalhar com independência e harmonia.