Porteiro suspeito de assassinato não poderia estar armado, diz advogado
As informações são do advogado José Soares da Costa Neto, que representa a empresa Emanoel Serviços de Portaria, para a qual o porteiro trabalhava há cinco anos, sem registro anterior de problemas. "Ele estava armado por conta própria ali. Não poderia de forma alguma e fez por sua conta em risco", disse o advogado ao Estado na noite desta segunda-feira, 4. O suspeito fugiu do local logo após os disparos e permanece foragido.
As informações da ocorrência são do boletim de ocorrência registrado na Delegacia Central de Embu das Artes e foram repassadas pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo. A discussão teria começado às 17h30 na Rua Muni Stemberg, no bairro Tingidor. Além de Oliveira, estavam presentes dois primos: um motorista de 23 anos e um barman, de 26.
Eles teriam se chateado após encontrarem dificuldade para pagar o estacionamento de uma loja de roupas onde estavam, que não aceitava uma determinada bandeira de cartão de crédito. O grupo então se deslocou para sacar dinheiro em um caixa eletrônico próximo e o retorno deles ao estacionamento teria sido proibido porque o local teria atingido seu horário de fechamento. O preço do estacionamento é R$ 12.
De acordo com o relatado pela SSP, "em meio a discussão, um dos seguranças puxou uma arma. Quando uma das vítimas disse atira, o segurança atirou." O tiro atingiu o vendedor pelas costas e apesar de ter sido prestado atendimento médico imediato, a vítima não resistiu à gravidade dos ferimentos. O barman foi atingido no peito, no braço e na perna. O motorista levou um tiro na mão. Eles foram levados ao Pronto-Socorro central de Embu das Artes e transferidos posteriormente ao Hospital Geral de Pirajussara.
O advogado José Soares da Costa Neto esclareceu que o homem não prestava serviços como segurança e estava ali apenas como porteiro. Ele compareceu ao plantão e se comprometeu a fornecer a qualificação do funcionário, que ao longo da semana deverá comparecer à delegacia. O caso foi registrado como homicídio tentado e consumado.
A família do vendedor recebeu a notícia com consternação. O pai de Oliveira, Solon Almeida de Oliveira, cobrou punição para os envolvidos. "Só espero que essa pessoa seja punida e essa loja também tem de ser punida por não saber contratar seus funcionários. Aconteceu tudo isso por causa de R$ 12 do estacionamento", disse à Rede Globo, em entrevista veiculada no programa Bom dia São Paulo nesta segunda-feira, 4.
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