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PM do Rio vai patrulhar ruas centrais com policiais a cavalo e de bicicleta

Gabriel de Paiva/Agência O Globo
Imagem: Gabriel de Paiva/Agência O Globo

05/05/2015 10h56

A Polícia Militar do Rio de Janeiro anunciou que vai patrulhar ruas do centro da cidade com agentes à cavalo e de bicicleta para coibir os assaltos na região. Outra estratégia será o emprego de policiais à paisana. Entre a manhã de sábado e a tarde de segunda-feira, 4, pelo menos 18 menores de idade foram apreendidos e 12 homens presos no Centro do Rio. Com um adolescente a polícia encontrou um revólver calibre 32.

Frequentada por assaltantes e grupos de menores que praticam roubos e furtos, a região tem policiamento reforçado desde que um homem foi esfaqueado na Avenida Rio Branco durante um ataque. O homem, de 52 anos, foi assaltado em ponto de ônibus na Rio Branco, no fim da tarde e, mesmo sem reagir, foi esfaqueado quatro vezes pelas costas. A vítima foi hospitalizada, mas já recebeu alta.

Na segunda-feira, 28 policiais militares e seis e carros paravam em pontos estratégicos e faziam rondas na área.

Os assaltos a pedestres na região são uma "constante", como definiu um policial que trabalha na DP do Centro. Investigações da Polícia Civil apontam que os adolescente têm entre 15 e 17 anos - às vezes há um maior de idade entre eles - e vêm de comunidades carentes da Baixada Fluminense e da zona norte carioca, como o Complexo do Chapadão, em Costa Barros.

Prisões

De acordo com o 5º Batalhão da Polícia Militar (PM), de janeiro a abril deste ano 290 pessoas foram presas, e 109 menores apreendidos no Centro do Rio. Só na Rio Branco, a mais importante avenida da área, houve 22 prisões e 8 apreensões de menores.

Segundo os investigadores, os adolescentes não são aliciados por criminosos mais velhos. Eles perambulam por vontade própria para roubar, principalmente celulares e cordões. Costumam atuar desarmados, mas há casos em que atacam com facas e canivetes. O revólver apreendido com um deles é uma exceção.

Todas as vezes em que são apreendidos, os menores seguem para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. Os atos infracionais são avaliados pelo Juizado da Infância e da Juventude, que pode interná-los em unidades socioeducativas. Os que não cometem infrações podem ser levados para abrigos municipais. Foi o caso de 17 menores apreendidos nos últimos três dias.

Os objetos roubados são muitas vezes negociados no próprio Centro. Lojistas de camelódromos vendem celulares sem procedência conhecida e nota fiscal. No sábado, um homem foi preso com seis celulares roubados. Na segunda-feira, 4, foram presos mais dois homens com 64 telefones.

Um estudante de 15 anos esteve nesta segunda-feira na 4ª Delegacia de Polícia (centro) para registrar roubo sofrido há uma semana, quando foi abordado por um adulto armado na Avenida Presidente Vargas. Horas depois, foi assaltado novamente no centro, desta vez por um adolescente, que desistiu ao constatar que a vítima de fato não tinha mais celular.