Governo do Paraná troca secretário de Educação
Apesar do anúncio da nova gestora da pasta, Richa enfrenta pressões para demitir os secretários de Segurança, Fernando Francischini e o comandante-geral da PM, coronel Cesar Kogut, apontados como os principais responsáveis pelos confrontos do Centro Cívico, dia 29 de abril, quando 213 manifestantes - maioria professores - e 21 policiais ficaram feridos. Na última semana, o presidente estadual do PSDB, deputado federal Valdir Rossoni se manifestou pelo Facebook para criticar o agora ex-secretário, além dos gestores da Segurança. Nesta segunda-feira, 04, Francischini falou, em entrevista coletiva, pela primeira vez sobre a ação policial. Ele disse que a responsabilidade era da PM.
Apesar da alegação sobre "questões pessoais", o secretário da Educação enfrentava um desgaste muito grande diante da crise com os professores, que o viam como uma pessoa que não entendia dos problemas da pasta.
Segundo o diretor da APP-Sindicato, Luiz Paixão, Xavier era um "peixe fora d'água". "Evidente que o secretário Fernando Xavier não tinha condições políticas e técnicas para permanecer no cargo. A escolha de Richa foi desastrosa. Nada contra a pessoa do secretário, mas a área não era a sua. Era um peixe fora d'água", disse o diretor.
A nova secretária pediu um voto de confiança e fez um apelo para os educadores. "Quero contar com a confiança de todos os professores, alunos e pais do Paraná. Vamos trabalhar com integração e diálogo para mostrar que é possível, não apenas sonhar, mas também executar um ensino de qualidade."
O primeiro desafio da nova secretária será enfrentar a greve do ensino público estadual que já entra em seu nono dia. Na tarde desta terça-feira, 05, os professores realizaram uma assembleia e decidiram pela manutenção da greve ao rejeitar a proposta do governo de reajuste de 5% em duas parcelas, ao contrário dos 8,4% previstos pelo IPCA, em cota única. Na próxima semana está prevista uma nova reunião entre professores e governo.
Apuração
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) encaminhou ofício ao governador, ao secretário de Segurança Pública e ao comandante-geral da Polícia Militar em que requisita relatório com informações detalhadas - a serem prestadas em até dez dias - sobre as ações do poder público em torno da Assembleia Legislativa, desde o dia 25 de abril.
O MP já ouviu 80 pessoas que foram à sede, em Curitiba, prestar depoimentos sobre os conflitos no Centro Cívico. O MP investiga os indícios de excesso do uso da força contra os manifestantes e todo o material colhido servirá de subsídio ao procedimento criminal já aberto e ao procedimento preparatório de inquérito civil. Além dos depoimentos, centenas de vídeos já chegaram ao MP.
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