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Prefeitura do Rio encerra remoção de escombros de prédio onde ocorreu explosão

Moradores visitam prédio para recolher pertences nesta quarta-feira (20) - Severino Silva/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
Moradores visitam prédio para recolher pertences nesta quarta-feira (20) Imagem: Severino Silva/Agência O Dia/Estadão Conteúdo

20/05/2015 12h07

Dois dias após a explosão que danificou oito apartamentos e deixou uma pessoa gravemente ferida, a Prefeitura do Rio de Janeiro encerrou na manhã desta quarta-feira (20) a remoção dos escombros e a limpeza do Edifício Canoas, em São Conrado, na zona sul da cidade.

Após uma reunião nesta quarta-feira, representantes do condomínio e da Prefeitura farão mais uma vistoria no edifício. "Não recomendamos que os moradores retornem às suas casas enquanto não houver um planejamento das obras de reparo", disse o secretário municipal de Coordenação de Governo, Pedro Paulo.

Foram retiradas cerca de 70 toneladas de escombros do local. Na terça-feira, 19, a Coordenadoria de Operações Especiais da Secretaria de Conservação finalizou os serviços de eliminação de riscos do prédio.

A partir de agora, uma empresa particular contratada pelo condomínio assumirá as obras de restauro elétrico, hidráulico e das instalações de gás. "O retorno dos moradores será feito aos poucos. Aqueles que tiverem apartamentos em melhores condições poderão retornar mais rápido", afirmou Jorge Alexandre Oliveira, síndico do prédio, sem mencionar datas ou prazos, no entanto. Segundo Oliveira, já a partir de quinta-feira, 21, os moradores poderão fazer visitas mais longas às suas casas, por cerca de 30 minutos. A entrada de crianças, no entanto, segue proibida.

"As obras devem durar uns três meses. Nós vamos ter que exigir que a seguradora pague", disse o engenheiro Wilson Guimarães, 80 anos, morador do 8 o andar.

Na terça, o alemão Markus Bernard Maria Muller, morador do apartamento 1.001, onde ocorreu a explosão, foi transferido do Hospital Miguel Couto, na Gávea, na zona sul, para o Centro de Tratamento para Queimados do Hospital Pedro II, em Santa Cruz, na zona oeste. O estado de saúde dele ainda é muito grave. A SMS (Secretaria Municipal de Saúde) informou que não há detalhes sobre as perspectivas de melhora de Muller ou quando ele teria condições de prestar depoimento à Polícia Civil.

As causas da explosão estão sendo investigadas pela 15ª Delegacia (Gávea). Na terça, a proprietária do apartamento 1.001, onde ocorreu a explosão, prestou depoimento. Funcionários e moradores do prédio também foram ouvidos e outros estão sendo intimados a depor. A polícia também solicitou imagens das câmeras de segurança do condomínio.