Governo ameaça cortar ponto e demitir grevistas da CPTM
O secretário estadual dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, Clodoaldo Pelissioni, ameaça cortar ponto dos funcionários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) que estão parados nesta quarta-feira (3). O governo de São Paulo vai pedir à Justiça do Trabalho que decrete a ilegalidade da greve para até o fim do dia tentar retomar o funcionamento dos ramais.
Para Pelissioni, a greve é ilegal por não atender no mínimo 90% do efetivo na hora de pico. "A greve, neste momento, é ilegal. Esse tipo de serviço de transporte sobre trilhos é considerado serviço essencial. Mesmo fazendo paralisação, os sindicatos deveriam atender o mínimo de 90% na hora do rush. Só aí temos como caracterizar a greve como ilegal", disse o secretário.
Caso a Justiça acolha o pedido de considerar a greve ilegal, a CPTM vai, segundo o secretário, até demitir funcionários de sindicatos que pararam e cobrar uma multa de R$ 100 mil das entidades que representam os trabalhadores.
Segundo ele, a CPTM tem 9.000 funcionários, que se revezam em três turnos durante as 24 horas do dia - 500 aderiram à paralisação na manhã desta quarta-feira.
Pelissioni defendeu a proposta feita pela CPTM e criticou a decisão dos sindicatos de parar. "Em tempos de crise econômica e desemprego, é complicado atender todos os pedidos, mas estamos fazendo todos os esforços", afirmou. "Vamos cortar ponto, mas esperamos que isso não seja preciso", disse.
No ano passado, o ex-secretário Jurandir Fernandes adotou a mesma política com os funcionários do Metrô que pararam por cinco dias.
Negociações
Pelissioni disse que a queda de arrecadação causada por dificuldades financeiras influencia a negociação com os sindicatos dos ferroviários. "Além da reposição inflacionária, a Justiça do Trabalho sugeriu que os funcionários tivessem ganho de 1,5% (por produtividade). O governo concordou. Nesse momento de desemprego de muitos setores, é uma proposta bastante positiva diante do quadro em que vivemos", disse.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.