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Alckmin fala bem de encontro, mas não diz se vai ajudar com 'bombas fiscais'

Em Lençóis Paulista

31/07/2015 19h20

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), qualificou nesta sexta-feira (31), a reunião de governadores com a presidente Dilma Rousseff como "produtiva" e "positiva", ao apresentar uma pauta e se propor a conversar. No entanto, Alckmin não disse se vai colocar sua base no parlamento para ajudar o governo a derrubar as chamadas "bombas fiscais" que estão na pauta do Congresso neste segundo semestre.

"O Congresso é um outro poder. O que nós defendemos é que esse é o momento de ajuste fiscal e que o aumento de receita precisa ter a fonte equivalente", afirmou Alckmin. "Quem governa, quem é prefeito e governador, tem é que trabalhar. Nós temos de um lado de investigar a corrupção enorme, e do outro lado o País precisa funcionar, nossa tarefa é fazer as duas coisas, apurar e ajudar o Brasil a superar a crise", acrescentou, em coletiva realizada durante a abertura da Feira da Agricultura Familiar, em Neves Paulista, no interior de São Paulo.

De acordo com Alckmin, o País vive duas crises, na economia e na política, e elas se fundem. "A crise econômica atrapalha o quadro político, a crise política atrapalha a economia. É preciso melhorar as duas coisas, melhorar ambiente político e melhorar a economia", afirmou.

Selic

O governador criticou a decisão do governo em aumentar a taxa Selic em meio ponto porcentual. Segundo ele, a medida, "foi um tiro no pé". Em contrapartida, elogiou a intenção do governo federal de unificar a taxa do ICMS, mas colocou dúvidas sobre a criação de dois fundos para compensar as perdas, um deles abastecido com a repatriação de dinheiro enviado ilegalmente para o exterior. "Eu sou favorável à repatriação desse dinheiro, que não está gerando emprego e vindo para cá pode gerar, mas ninguém saber ao certo quanto vai ser repatriado", afirmou.

Sobre a liberação dos empréstimos represados, Alckmin disse que foi unanimidade dos governadores que a operação de crédito seja destinada para salvar o emprego, o que pode ser feito por meio de incentivo à exportação e investimento em infraestrutura.