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Polícia contabiliza prejuízos no prédio da Fazenda após saída de MST

04/08/2015 19h47

Brasília - Após a retirada dos manifestantes do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST) do edifício-sede do Ministério da Fazenda com a ajuda da Polícia Federal, agentes da Polícia Federal retornaram nesta terça-feira, 4, ao local para contabilizar os danos ao patrimônio. Duas portas de vidro, logo na entrada do prédio, foram quebradas ainda ontem, quando ocorreu a invasão. Durante esta terça-feira, a PF fez uma varredura no prédio para identificar possíveis furtos, que o MST nega que tenham ocorrido.

Os vidros da porta principal do ministério foram recolocados há cerca de 30 dias. Antes disso, o prédio ficou sem esses vidros por dois meses, após uma outra invasão de manifestantes. Enquanto isso, um armário e uma chapa de ferro serviram para impedir que o prédio ficasse ainda mais exposto. Agora, a administração do prédio improvisou e colocou uma placa de madeira em uma das portas.

O comitê de imprensa, local onde trabalham os jornalistas que realizam diariamente a cobertura das notícias do ministério, foi um dos primeiros lugares ocupados ontem. Hoje, após a reabertura do prédio, os jornalistas não encontraram cadeiras utilizadas nas longas esperas por autoridades na área externa do ministério. Comidas, cafés e outros objetos pessoais também não estavam no local.

Uma pilastra da sala dos jornalistas foi quebrada e até régua de energia elétrica, canecas e garrafas d'água não foram localizadas após a ocupação dos sem terra. Um modem de internet também sumiu, depois da invasão. As mochilas de alguns jornalistas, que estavam guardadas em armários, também não foram encontradas. Os computadores foram deixados no local.

Funcionários do prédio reclamaram também que celulares e ferramentas que ficam na recepção do prédio desapareceram. A lanchonete do edifício teve a porta arrombada, mas os militantes não chegaram a levar mantimentos do estabelecimento. O banheiro do primeiro andar do prédio, que passou por um ano de reforma e foi entregue há pouco mais de dois meses, encontra-se agora sem as maçanetas e com algumas portas arrombadas.

A assessoria de imprensa do MST afirma que os manifestantes saíram do prédio sem levar qualquer objeto e que nada foi furtado. Segundo eles, a desocupação ocorreu junto com a Polícia Federal e tudo que estava no prédio permaneceu lá. O Ministério da Fazenda ainda não se pronunciou sobre a lista materiais desaparecidos.