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Seis policiais militares são acusados de participar de roubos em Maricá (RJ)

No Rio

25/08/2015 19h52

Seis policiais militares do Rio de Janeiro, entre eles dois oficiais, são acusados de integrar uma quadrilha que praticava roubos usando armas da PM. Os tenentes Mennahem Varella de Lima e Philipe de Oliveira Nunes estão presos desde 15 de abril, e todos podem ser punidos com a expulsão da PM.

Em 11 de janeiro, os dois tenentes estavam de folga e foram a uma festa rave promovida no bairro de Inã, em Maricá (Região Metropolitana do Rio). Na época, Nunes era o comandante da 1ª Companhia do Batalhão de Polícia Rodoviária e Mannahem, subcomandante da 4ª Companhia Destacada de Maricá. Armados, eles decidiram abordar aleatoriamente as pessoas e revistá-las. Após recolher dinheiro e objetos pessoais de nove vítimas, os tenentes foram embora usando um carro com placas cobertas.

Vítimas chegaram a informar o caso à Polícia Militar, mas ninguém tomou providência. Um subtenente e um soldado que atuavam no Batalhão de Niterói, também na Região Metropolitana, receberam uma das denúncias sobre o caso e nada fizeram.

Em outro episódio, em 31 de janeiro, o tenente Nunes foi flagrado por outros PMs dirigindo um carro roubado. Ele foi encaminhado a uma base da PM, onde o caso acabou acobertado por um grupo de colegas.

Pelo episódio de 11 de janeiro, os dois tenentes foram indiciados pela Polícia Civil por roubo. O caso tramita na Justiça comum. A ordem de prisão dos dois foi emitida pelo juiz Ricardo Pinheiro e mantida pelo Tribunal de Justiça. Os dois estão no Batalhão Especial Prisional, em Benfica (zona norte), e respondem também a um Conselho de Justificação, grupo composto para julgar militares que tem plenos poderes de punição nessa esfera.

Os casos também são investigados no âmbito militar. Os seis PMs podem responder, perante a Justiça Militar, por prevaricação, falsidade ideológica, destruição de provas e formação de quadrilha.