É preciso um orçamento real com déficit, diz Jucá
Na avaliação dele, a medida sugerida, se acatada pelo Executivo, deverá ter impacto no mercado. O senador considera, porém, que a realização de uma "maquiagem" das finanças da União, neste momento de crise econômica, poderá acarretar desdobramentos ainda piores no médio e no curto prazo. "Será um impacto maior no mercado se o governo tentar tapar o sol com a peneira. Temos um déficit e temos de resolvê-lo sem escondê-lo. Se os agentes do mercado não acreditarem no governo, eles vão criar um cenário ainda pior. Todos se retraem", considerou.
O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), considerou neste domingo, 30, que a "tendência mais forte" é de que o governo encaminhe ao Congresso nesta segunda-feira, 31, o projeto do Orçamento da União de 2016 prevendo um déficit primário. "Esse é o caminho discutido. É a tendência. Acredito que se isso for confirmado pode ser melhor, porque a partir daí o Congresso e o Executivo poderão buscar alternativas lá na frente para tapar esse buraco", afirmou Amaral ao Estado, que também conversou no dia de hoje com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
O senador lembrou que uma das propostas que tramitam atualmente no Congresso e que deve ajudar a recompor as receitas da União é o projeto de repatriação dos recursos de brasileiros no exterior não declarados à Receita Federal. Segundo o Ministério da Fazenda, estima-se cerca de R$ 200 bilhões não declarados no exterior. "A expectativa é que nós votemos isso nesta terça-feira. A estimativa apenas para este ano é de repatriarmos R$ 30 bilhões", ressaltou o senador.
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