Dilma diz que Uber tira emprego, mas regulamentação depende dos Estados
Questionada sobre o que achava do novo serviço, a presidente citou que este não é um assunto da alçada do governo federal, mas comentou: "Eu acho que o Uber é complexo porque tira emprego de muitas pessoas. Não é uma coisa tranquila. Ele tira os taxistas do seu emprego". Ao ser indagada se o aplicativo não era uma modernidade que funciona no mundo todo e que poderia beneficiar os usuários, a presidente tentou contemporizar. "Você sempre tem de pesar, de ter posição mais ponderada", completou, citando o exemplo de seu avô e acrescentando que o serviço "depende também da regulamentação de cada cidade, cada Estado". E emendou: "Não é a União que decide isso".
O aplicativo Uber oferece, pela internet, transporte particular. O sistema chegou ao Brasil há um ano e não existe uma norma para regular o serviço. A polêmica entre o aplicativo Uber e os taxistas chegou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e, nas ruas das cidades onde tem ocorrido problemas, a fiscalização aumentou.
Os governos de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte dizem que o Uber é ilegal. Os taxistas reclamam de concorrência desleal e de queda no número de corridas. Criticam também o fato de motoristas do Uber não serem obrigados a passar pelo longo e caro processo de obtenção de alvará, nem terem de seguir as regras cobradas dos taxistas. Já os usuários e defensores do Uber dizem que o serviço tem qualidade superior e muitas vezes preço mais baixo. Muitos dizem que é o equivalente a contratar um motorista particular, o que não seria ilegal.
O aplicativo Uber foi lançado na cidade americana de San Francisco há cinco anos e a empresa já está presente em mais de 300 cidades de 58 países, além de contar com usuários fiéis e um lobby poderoso. O Uber enfrenta batalhas legais e opera sem marco legal em diversos países, mas alguns já debatem como regulamentá-lo.
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