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Redução de velocidade não pode levar em conta desgaste político, diz Tatto

Elisa Rodrigues/Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo
Imagem: Elisa Rodrigues/Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo

Em São Paulo

03/09/2015 11h47

O secretário de Transportes da capital paulista, Jilmar Tatto, disse que a decisão de reduzir a velocidade em vias da cidade não pode ser balizada por levar ou não a desgaste político. "Não é questão de saber se vai ter ganho político ou não, por isso que até agora nenhum prefeito tinha tomado essas medidas", afirmou nesta quinta-feira (3) em entrevista à Rádio Estadão.

Tatto afirmou que o prefeito Fernando Haddad (PT) tem se mostrado "corajoso" e assume seu papel de gestor público. O secretário destacou que há uma "verdadeira carnificina" no trânsito da cidade, com 30 mil acidentes e 1.500 mortes por ano. "Não dá para assistir a isso de forma passiva", afirmou.

O secretário de Transportes negou que haja qualquer tipo de "indústria da multa". Ele citou um levantamento segundo o qual 71% dos motoristas não têm registro de multa e 5% são responsáveis por metade das infrações registradas. Segundo Tatto, há um aumento da quantidade e da qualidade dos radares na Capital, para fazer um cerco aos "maus motoristas" e a veículos roubados.

"Esses 5% são perigosos na cidade, porque colocam em risco a vida das pessoas. Hoje nós conseguimos rastrear esses veículos", disse. O secretário disse que a prefeitura trabalha em parceria com a Secretaria de Segurança Pública do governo do Estado e com o Detran para fazer um "cerco" a esses veículos, inclusive com a ajuda da Polícia Militar.

Tatto informou ainda que a gestão municipal está trabalhando por melhorias nos radares para que eles possam fiscalizar também as motos - envolvidas na maioria dos acidentes da cidade.