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Cunha acha pequena condenação de Cid Gomes e avisa que recorrerá

Ministro da Educação, Cid Gomes, durante a comissão geral no plenário da Câmara dos Deputados, onde foi falar sobre ter acusado deputados de serem achacadores - Sergio Lima - 18.mar.2015/Folhapress
Ministro da Educação, Cid Gomes, durante a comissão geral no plenário da Câmara dos Deputados, onde foi falar sobre ter acusado deputados de serem achacadores Imagem: Sergio Lima - 18.mar.2015/Folhapress

Em Brasília e São Paulo

16/09/2015 16h26

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta quarta-feira, 16, que não se satisfez com o valor de R$ 50 mil a que o ex-ministro da Educação Cid Gomes foi condenado pela Justiça do Distrito Federal a pagar a título de indenização por danos morais ao peemedebista. Cunha afirmou que irá recorrer da decisão.

Cid foi condenado em primeira instância por dizer que a Câmara dos Deputados tem entre 300 e 400 achacadores. "Não estou satisfeito. Achei pouco. Vou recorrer para receber mais", comentou Cunha nesta quarta-feira.

Após a declaração, Cid foi convocado pela Câmara para prestar esclarecimentos. Em uma sessão tensa no plenário da Casa, o então ministro não se retratou das acusações que havia feito e foi além, reafirmando tudo o que havia dito antes.

Ao ser chamado de mal-educado pelo deputado Eduardo Cunha, disse que preferia ser acusado por Cunha de mal-educado do que ser como ele, acusado de achaque. O fato acabou provocando a demissão de Cid Gomes do Ministério da Educação, no final da tarde do mesmo dia em que ocorreu o bate-boca no plenário.

Acusações 'mancharam a honra' de Cunha

Na ação contra o ex-ministro da Educação, Eduardo Cunha disse que as acusações mancharam sua honra e reputação e a dos parlamentares, pois foram divulgadas por diversos veículos de comunicação, e requereu a condenação de Cid Gomes no dever de indenizá-lo pelos danos morais sofridos.

Em sua defesa, Cid alegou que estava se referindo às manobras de pressão política exercidas pelo Legislativo sobre o Executivo quando usou a palavra "achaque", mas o juiz entendeu que o termo tem sentido pejorativo de "quem ou que extorque dinheiro".