Cunha nega participação em dissolução do bloco do PMDB na Câmara
Cunha explicou que o bloco liderado pelo PMDB não tinha compromisso de atuação política conjunta e que fora formado na eleição da Mesa Diretora, no começo da legislatura. Segundo o peemedebista, os partidos já não tinham mais afinidade em suas posições nas votações de plenário e o "desconforto" entre os partidos havia chegado ao limite.
O presidente da Casa disse que a mudança no bloco não era um ato de retaliação ao líder da bancada do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), e que ele só participou do encaminhamento final para solução do problema. "Não tive nenhuma participação, não tem nenhum gesto político nisso", reforçou.
O discurso de que o PMDB tomou a iniciativa de deixar o grupo, segundo relatos, foi a "saída honrosa" que os líderes encontraram para não terem que anunciar uma "expulsão" do líder peemedebista. Um dos principais motivos alegados nos bastidores para o rompimento com Picciani foi a condução da reforma ministerial em que os demais partidos do bloco não foram consultados a respeito das negociações realizadas com a presidente Dilma Rousseff.
Contas na Suíça
Mais uma vez, Cunha evitou falar sobre contas encontradas pelo Ministério Público na Suíça em seu nome e de seus parentes. Fontes próximas à investigação confirmaram que o peemedebista usou o mesmo banco dos ex-diretores da Petrobras, o Julius Baer, para desviar milhões de dólares em propina. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, estão congelados US$ 2,4 milhões nas contas.
O peemedebista disse que, quando for notificado, seus advogados se pronunciarão sobre o assunto. Para o deputado, as denúncias são variações diferentes sobre um mesmo tema e "contraditórias uma com a outra". Ele declarou não temer a representação articulada pelo PSOL no Conselho de Ética da Casa. "Não tem problema nenhum. Que entrem", afirmou.
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