História em currículo não pode 'descambar para ideologia', defende ex-ministro
Conforme mostrou o jornal O Estado de S.Paulo em setembro, o documento prévio da base, que vai definir o currículo de toda a educação básica no País, foi publicado sem conter a disciplina por causa de falhas conceituais e textuais.
"O fato é que o documento de História tem falhas. Tanto assim que retardei sua publicação e solicitei ao grupo que o elaborou que o refizesse. Mas eles mudaram pouca coisa", disse o ex-ministro na rede social.
Os textos da BNC de todas as disciplinas passam agora por consulta pública para receber críticas e sugestões de especialistas e da sociedade para que uma proposta final seja apresentada ao Conselho Nacional de Educação (CNE) ainda nos primeiros meses de 2016.
Janine reclamou que a primeira versão do texto de História "ignorava quase por completo o que não fosse Brasil e África". "Não havia, na proposta, uma história do mundo. Quando muito, no ensino médio, uma visão brasilcêntrico das relações com outros continentes", disse ele.
O filósofo acredita que o novo ministro que o substituiu, Aloizio Mercadante, evitará "qualquer viés ideológico". "É direito de todo jovem saber o trajeto histórico do mundo. Precisa aprender sobre a Renascença, as revoluções, muita coisa. Mas não há uma interpretação única de nenhum desses fenômenos. E é esta diversidade que a educação democrática e de qualidade deve garantir".
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