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Dono da Caoa diz ter 'o máximo interesse' em esclarecer o caso

27/10/2015 09h10

São Paulo - O advogado criminalista José Roberto Batochio, que defende o empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, do grupo Caoa, diz seu cliente foi ouvido pela Polícia Federal na condição de testemunha e que ele "esclareceu todos os pontos abordados". "Havia, sim, um mandado de condução coercitiva para Caoa, mas o mandado nem precisou ser executado. Meu cliente compareceu espontaneamente, até porque tem o máximo interesse em que tudo isso seja esclarecido", afirmou Batochio à reportagem.

Segundo o advogado, a PF quis saber do empresário se ele teve casos submetidos ao Conselho Administrativo de Recursos Federais (Carf). Oliveira Andrade respondeu que sim, mas ressaltou que "perdeu dois recursos". O empresário também afirmou ter patrocinado eventos de futebol americano "com uma pequena verba, coisa de R$ 200 mil ou R$ 300 mil", disse José Roberto Batochio, realizados por Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Sobre a Medida Provisória 471, o empresário foi taxativo, diz o advogado. "Ela favorece indústrias automobilísticas e todas as outras que se estabeleceram no Nordeste e no Centro-Oeste. Essas MPs não são direcionadas a empresa A, B ou C, mas a todas as indústrias."

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) suspendeu nesta segunda-feira, 26, por prazo indeterminado, o vice-presidente tesoureiro da entidade, Mauro Marcondes Machado.

De acordo com a Anfavea, a decisão foi tomada pelo presidente da associação, Luiz Moan, após as reportagens publicadas nesta segunda-feira sobre a Operação Zelotes. Em nota assinada por Moan, a entidade informou que a suspensão se dará "pelo período necessário para defesa e conclusão do processo investigativo pelos órgãos institucionais".

Na Anfavea, Marcondes representava a MMC Automotores do Brasil, responsável pela produção de veículos da Mitsubishi no País. A MMC Automotores do Brasil informa que já vinha colaborando com as investigações da PF e do Ministério Público Federal, pois a empresa tem todo o interesse em esclarecer os fatos."

O advogado de José Ricardo da Silva, Getúlio Humberto Barbosa de Sá, afirmou que a prisão de seu cliente é infundada, pois não haveria "fato novo" que a motivasse. Segundo ele, desde a deflagração na Operação Zelotes, em março, José Ricardo não está exercendo suas atividades profissionais, o que afastaria a hipótese de estar cometendo crimes.

A defesa de Alexandre Paes dos Santos, o APS, não atendeu aos telefonemas feitos pelo jornal O Estado de S. Paulo. A Marcondes & Mautoni Empreendimentos não respondeu à reportagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.