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PMDB diz que secretário continua na disputa pela prefeitura do Rio

 Pedro Paulo (PMDB), secretário executivo de Coordenação de Governo da Prefeitura do Rio de Janeiro - Severino Silva/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
Pedro Paulo (PMDB), secretário executivo de Coordenação de Governo da Prefeitura do Rio de Janeiro Imagem: Severino Silva/Agência O Dia/Estadão Conteúdo

Do Rio

06/11/2015 18h35

Um dia após o secretário de coordenação de governo do prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes, Pedro Paulo, admitir que agrediu a sua ex-mulher, Alexandra Marcondes, o PMDB-RJ emitiu nota afirmando que ele continuará como candidato para as próximas eleições municipais na cidade.

O partido afirmou que "não cogita outro nome para a sucessão do prefeito Eduardo Paes (PMDB) que não seja o do secretário Pedro Paulo". Segundo o comando regional da legenda, as notícias já foram esclarecidas e não são motivo de preocupação para o PMDB-RJ. O PMDB também lembrou que Pedro Paulo tem apoio de ampla aliança para, segundo a direção partidária, dar continuidade "ao trabalho transformador" realizado pelo partido na capital.

Porém, reservadamente, peemedebistas não consideram o incidente como tão irrelevante. Deputados do PMDB do Rio estão preocupados que o escândalo atinja o desempenho eleitoral do hoje secretário em 2016. Uma das questões analisadas é que Pedro Paulo, deputado federal licenciado, recebeu pouco mais de 100 mil votos para entrar na Câmara Federal, um número considerado baixo. Por isso, segundo os bastidores do partido, um caso como a acusação de agressão contra Alexandra, sobretudo pela repercussão junto ao eleitorado feminino, poderia reduzir as chances do secretário vencer as eleições.

A briga entre Pedro Paulo e a sua ex-mulher aconteceu em fevereiro de 2010, quando Alexandra teria descoberto uma traição do secretário. Em depoimento à polícia, Alexandra contou que Pedro Paulo a agrediu com socos, chutes e quebrou um de seus dentes. Há um laudo do Instituto Médico Legal (IML) comprovando os ferimentos.