Deputados do PT se reúnem para definir votação no Conselho de Ética do caso Cunha
"O Cunha tem nas mãos algumas bombas, entre elas o impeachment (da presidente Dilma Rousseff). Nós, por outro lado, temos 20 dias para votar matérias importantes para o governo. Dependendo do que acontecer amanhã no Conselho de Ética, pode haver reação", explicou o deputado Zé Geraldo (PT-PA) ao Broadcast Político. "O Cunha já mostrou que não dá para confiar nele", emendou. O petista reconhece que, após a prisão do líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), o momento é "bastante delicado".
Zé Geraldo negou que o governo tenha feito nova investida contra ele para evitar uma votação contra Cunha. "Passei o fim de semana no interior do Pará e estou chegando hoje a Brasília para refletir sobre meu voto. Se vamos mudar ainda vamos decidir amanhã", disse o deputado, lembrando que, até a semana passada, a decisão era votar com o relator, Fausto Pinato (PRB-SP), pela admissibilidade. O petista destacou que o posicionamento da bancada continuará a ser unitário no Conselho de Ética.
Na semana passada, o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, se reuniu com parte da bancada do PT na Câmara dos Deputados para pedir apoio ao presidente da Câmara no Conselho de Ética e nas atividades da Casa, para evitar retaliações do peemedebista na votação do ajuste fiscal e com a deflagração do impeachment da presidente Dilma. Como vem mostrando o Broadcast Político, Cunha tem usado os pedidos de afastamento da petista para pressionar o governo por votos favoráveis a ele no Conselho de Ética.
Votos
Deputados próximos ao peemedebista acreditam que ele tem hoje votos de nove dos 21 integrantes do conselho (o presidente manifesta-se apenas em caso de empate). Na conta dos aliados, há dois votos do PMDB, dois do PP, dois do PR, um do PSC, um do PSD e um do Solidariedade. O voto do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que disputou o comando do Conselho com apoio de Cunha, ainda não é uma garantia. Interlocutores do peemedebista relatam que Sá desentendeu-se com ele. Agora, sua tropa de choque corre contra o tempo para reconquistar o voto.
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