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Praia em Noronha será reaberta, mas mergulho será controlado

O paranaense Márcio de Castro Palma da Silva, em um hospital no centro do Recife - Diego Nigro/JC Imagem/Estadão Conteúdo
O paranaense Márcio de Castro Palma da Silva, em um hospital no centro do Recife Imagem: Diego Nigro/JC Imagem/Estadão Conteúdo

Em São Paulo

24/12/2015 10h02

A Baía do Sueste, em Fernando de Noronha, onde um turista foi mordido por um tubarão na segunda-feira, será reaberta para visitação amanhã, mas com restrições. O acesso à praia só será permitido das 10 horas às 15 horas, e o mergulho com snorkel só será realizado com o acompanhamento de guias. As restrições valem até o dia 4 de janeiro, segundo um comunicado do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) no arquipélago, que abriga um Parque Nacional Marinho e uma Área de Proteção Ambiental.

A praia foi interditada na terça-feira, um dia depois de um turista paranaense, de 33 anos, ter sido atacado quando fazia snorkel no local. Foi o primeiro ataque de tubarão registrado em Fernando de Noronha.

A baía está sendo monitorada por pesquisadores, por meio de mergulhos e sobrevoos com drone, para verificar se há algum fator de risco no ambiente. Até esta quarta-feira (23), nada de anormal havia sido detectado. "Não sendo detectada nenhuma anormalidade, considerando se tratar de um ambiente natural bem preservado, a praia será reaberta para visitação no dia 25", diz o ofício do ICMBio.

Famosa por suas águas rasas, tranquilas e repletas de vida marinha, a Baía do Sueste é uma das mais procuradas de Noronha para prática de mergulho contemplativo com snorkel. Duas espécies de tubarão são residentes na baía e podem ser vistas com frequência no local: o tubarão-limão e o lixa. São espécies não agressivas, que não oferecem perigo aos turistas, se não forem molestadas.

Suspeitos - O mais provável, segundo o engenheiro de pesca Leonardo Veras, é que o responsável pelo ataque seja um tubarão-tigre - uma espécie oceânica mais agressiva, que ocasionalmente se aproxima das praias e pode atacar sem ser provocada. Dentre as espécies que ocorrem em Noronha, é a única que tem uma mordida forte e afiada o suficiente para causar a lesão observada na vítima, segundo o pesquisador.

O homem, Márcio de Castro Palma da Silva, teve a mão e parte do antebraço direito arrancados no ataque. Ele foi socorrido rapidamente e passa bem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.