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Em ano de eleição, Haddad cobra ajuda do governo federal

Em Brasília

05/01/2016 18h24

Brasília - Pré-candidato na eleição deste ano, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, desembarcou nesta terça-feira, 5, em Brasília com uma série de pleitos ao governo federal para alavancar os investimentos na cidade. Ele cobrou do Palácio do Planalto o reembolso de recursos municipais investidos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a prioridade na renegociação da dívida da capital e a construção de mais unidades do Minha Casa Minha Vida.

Após se encontrar com o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, Haddad afirmou que o braço-direito da presidente Dilma Rousseff ficou de lhe dar uma resposta sobre as demandas até a próxima semana.

Segundo Haddad, a prefeitura desembolsou cerca de R$ 400 milhões em 2014 para tirar do papel obras do PAC e ainda não recebeu o dinheiro do governo federal.

"No nosso PAC, a gente adianta para a construtora os valores com recursos do Tesouro municipal e há o reembolso do Tesouro nacional", explicou.

Haddad também pediu que o governo dê prioridade à situação de São Paulo após a assinatura do decreto que regulamentou a aplicação do novo indexador das dívidas de Estados e municípios com a União. "Apesar de São Paulo e Rio serem as cidades mais beneficiadas, o fato é que muitos municípios vão acabar tendo um alívio em função dos juros que eram pagos e que foram revistos a partir da troca do indexador", afirmou.

O prefeito disse que também discutiu com o ministro sobre o programa Minha Casa Minha Vida e afirmou que a prefeitura já investiu cerca de R$ 700 milhões em desapropriação de terras para a construção de moradias, mas que, com as mudanças das regras para o programa, será preciso encontrar uma saída para cumprir a meta estipulada.

Haddad afirmou ainda que, apesar da crise econômica, a prefeitura conseguiu investir mais em 2015 do que em 2014 e que pretende fechar os quatro anos do seu mandato com um "recorde" de investimentos na casa dos R$ 18 bilhões. "A crise obviamente penaliza todo mundo, mas não podemos desmobilizar em função dela. Nós temos que trabalhar mais, porque aí o resultado vem", disse.

Reeleição

O atual prefeito disse que só falaria sobre sua campanha à reeleição a partir de abril e evitou fazer um balanço sobre as dificuldades que o PT vai enfrentar nas eleições de outubro por conta dos sucessivos escândalos de corrupção.

Haddad, no entanto, destacou que as pessoas que cometeram equívocos no partido não respondem pela maioria de filiados e defendeu que ética é um atributo "individual". "Existe gente boa e gente ruim em todas as agremiações humanas e tem gente boa ruim no PSDB, no PT, no PMDB, no PP", disse.