Confiante, Picciani diz que terá maioria para se manter na liderança do PMDB
Picciani se reuniu nesta terça com Quintão e Cardoso, os quais apresentaram uma lista de sugestões para o rito do processo de escolha do líder em 2016. Um dos pontos rechaçados por Picciani é o que exige dois terços da bancada para reconduzi-lo à função. "Para ser líder é preciso ter a vontade da maioria", argumentou. Ele, no entanto, acredita que será possível estabelecer um rito até fevereiro, quando ocorrerá a eleição.
Ainda não há consenso no PMDB mineiro sobre a candidatura do grupo. Quintão avisou que não abrirá mão de disputar o cargo e Cardoso diz considerar Quintão como "candidato avulso", já que os mineiros não bateram martelo sobre seu candidato. O diretório estadual de Minas se reunirá na próxima segunda-feira, 18, em Belo Horizonte para definir o imbróglio.
Impeachment
Picciani destacou que hoje, o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff - apesar de ainda tensionar politicamente o ambiente - deixou de ser ponto crucial na disputa interna na bancada e está atualmente em segundo plano. Na avaliação de Picciani, o rito estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e a falta de adesão da população arrefeceram o tema. "O impeachment não tem mais o peso que tinha naquele momento", concluiu.
O deputado fluminense desconversou sobre a possibilidade de o PMDB do Senado lançar candidato para presidência do partido, insistiu que há um esforço entre os peemedebistas em busca de consenso, mas reconheceu que a disputa na bancada da Câmara pode causar reflexos na escolha da direção da sigla. "Se nós tivermos a possibilidade da construção de um caminho de consenso dentro da bancada, esse é um indicativo que teremos um caminho de convergência também para a convenção de março. Se tivermos uma disputa muito acirrada, me parece que esse também será um indicativo de que em março teremos uma disputa muito acirrada", previu.
O atual líder repetiu que não há oferta por parte do Palácio do Planalto para que o PMDB de Minas Gerais indique um de seus quadros para a Secretaria de Aviação Civil. "Não há uma negociação", declarou.
Se for reconduzido à liderança, Picciani disse que vai discutir na bancada todos os temas do ajuste fiscal em pauta no Congresso Nacional e ressaltou que é importante votar "o mais rápido possível" as propostas, entre elas o retorno da CPMF.
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