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Estudante que causou acidente no Rio é condenado a 13 anos

Curiosos observam o ônibus que caiu de 10 metros de altura. O acidente de 2013 matou sete pessoas - Felipe Dana/AP
Curiosos observam o ônibus que caiu de 10 metros de altura. O acidente de 2013 matou sete pessoas Imagem: Felipe Dana/AP

No Rio

28/01/2016 20h28

O estudante Rodrigo dos Santos Freire, 28, foi condenado a 13 anos de prisão por ter provocado um acidente com um ônibus municipal do Rio de Janeiro, em 2 de abril de 2013, no qual nove pessoas morreram e sete ficaram feridas. Ele está em liberdade e poderá recorrer da sentença, divulgada nesta quarta-feira (27).

Freire estava em um coletivo da linha 328 (Bananal-Castelo) que despencou do Viaduto Brigadeiro Trompowski, na pista lateral da avenida Brasil, perto da Ilha do Fundão, na zona norte, de uma altura de 12 metros.

O veículo era dirigido por André Luiz da Silva Oliveira. O passageiro e o motorista iniciaram uma discussão dentro do coletivo. O estudante pulou a roleta e agrediu Oliveira com chutes na cabeça. Ele perdeu a direção do veículo, que caiu do viaduto.

O motorista foi absolvido na sentença, emitida pela juíza Paula Fernandes Machado de Freitas, da 5ª Vara Criminal do Rio. O passageiro foi condenado pelos crimes de atentado contra a segurança de transporte público e três tipos de lesão corporal.

A magistrada entendeu que o passageiro cometeu o crime por motivo fútil e foi diretamente responsável pelas mortes.

"Apenas porque foi contrariado pelo motorista, que recusara-se a abrir a porta dianteira do ônibus, tal qual um garoto mimado e pirracento que tem negado um pedido de um brinquedo, Rodrigo dependurou-se no balaústre do ônibus e chutou repetidas vezes a cabeça do motorista que conduzia o coletivo em movimento. Aí está a futilidade e a torpeza do motivo do crime perpetrado pelo réu. A danosidade de sua conduta foi exatamente proporcional à gigantesca repercussão social que o caso teve. A 'pirraça' de Rodrigo ceifou nove vidas e feriu sete pessoas gravemente", escreveu a juíza na sentença.