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Carnaval de rua rende R$ 150 milhões a mais que o do sambódromo, diz Haddad

06/02/2016 00h39

São Paulo - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, destacou o crescimento da receita gerada na cidade pelo carnaval. Segundo o prefeito, esse ano o valor gerado em atividades ligadas à festa deve chegar próximo a R$ 650 milhões. Segundo informações da Prefeitura, dados de estudo do Observatório de Turismo e Eventos da cidade apontam que dois anos atrás, em 2014, essa receita total era de R$ 278,6 milhões.

A diferença do que é gerado pelo carnaval de rua para a receita gerada pelo sambódromo também cresceu. Em 2014, os blocos giraram R$ 181 milhões e o sambódromo, R$ 97 milhões. "O retorno econômico para a cidade tem sido digno de nota. O carnaval de rua esse ano, a estimativa da SPTuris é que gire a economia em torno de R$ 400 milhões e o carnaval do sambódromo, das escolas, alguma coisa em torno de R$ 250 milhões, então estamos falando de R$ 650 milhões de atividade econômica envolvendo o carnaval, entre hotéis, restaurantes, todas as atividades afins", destacou o prefeito ao acompanhar a abertura da festa no camarote da Prefeitura no Anhembi.

O Prefeito afirmou que é natural que a diferença cresça, pois o carnaval de rua tem grande potencial de crescimento. "Gera mais atividade econômica porque são mais dias, são mais blocos, é na cidade inteira, as estimativas são bastante realistas e era natural que fosse assim. São Paulo é a maior cidade do País e uma cidade que dispensava a população durante a semana de carnaval, hoje é uma cidade que convoca a população a permanecer na cidade e a brincar o carnaval nos blocos", disse o prefeito.

O filão do carnaval de rua se torna ainda mais relevante para a economia da cidade dado que demanda menos investimentos. O desfile das escolas tem investimentos de R$ 34 milhões da Prefeitura neste ano, ante apenas R$ 10 milhões para os blocos de rua. Neste ano, a capital contabiliza 360 blocos, um crescimento de 36% em relação ao ano passado, segundo o secretário de Cultura, Nabil Bonduki. "A tendência do carnaval de rua é crescer cada vez mais. O Anhembi tem um formato que não deve crescer porque tem um número delimitado de pessoas que pode comportar o sambódromo", afirmou o secretário, que também acompanha os desfiles.