Coordenador de campanha de Dilma diz que repasses a Santana foram legais
O coordenador jurídico da campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff, Flávio Caetano, divulgou nota na qual ressalta que pagamento feito ao marqueteiro João Santana na disputa presidencial de 2014 foi "legal e absolutamente transparente". Santana, que atuou nas campanhas de Lula e Dilma (2010 e 2014) à Presidência da República, teve prisão temporária decretada no âmbito das investigações da Operação Lava Jato.
Em nota, o advogado afirmou que as empresas do marqueteiro receberam pagamento de cerca de R$ 70 milhões em decorrência dos serviços prestados na campanha presidencial à reeleição de Dilma. O dado consta na prestação de contas apresentada ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e aprovada com ressalvas por unanimidade na Corte.
"Este valor, por si só, demonstra que o pagamento feito ao publicitário se deu de forma legal e absolutamente transparente", afirmou Caetano.
O PSDB informou que irá pedir ao TSE a inclusão da decisão da Justiça Federal sobre a prisão de Santana nas ações movidas pelo PSDB na Corte para cassar a chapa formada por Dilma e pelo vice-presidente Michel Temer.
Na nota, o advogado da campanha de Dilma aponta que o delegado federal que assina a representação que ensejou a Operação Acarajé, deflagrada nesta segunda-feira, 22, no âmbito da Lava Jato, destaca que "não há, e isso deve ser ressaltado, indícios de que tais pagamentos estejam revestidos de ilegalidades", em relação aos pagamentos feitos pela campanha presidencial de Dilma.
"Repudiamos, com veemência, a tentativa de setores da oposição de, sem quaisquer elementos, buscar associar a investigação e as medidas cautelares determinadas pela Justiça Federal em relação ao publicitário João Santana e à campanha eleitoral da Presidenta Dilma Rousseff", escreveu Caetano. "Reafirmamos que na campanha da presidente Dilma Rousseff todas as despesas foram devida e regularmente contabilizadas", completou o advogado.
O pedido do PSDB para incluir a prisão de Santana nas ações do TSE deve ser encaminhado à Corte nesta terça-feira.
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