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Acusado, Lula diz que deixará de ser "paz e amor" para dar resposta

Fábio Motta/ Estadão Conteúdo
Imagem: Fábio Motta/ Estadão Conteúdo

Do Rio

27/02/2016 21h33

Em discurso de desabafo durante a festa de 36 anos do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que o partido ajude a presidente Dilma, atacou a imprensa, defendeu-se das suspeitas de ser proprietário oculto de um apartamento e um sítio e anunciou que se necessário será candidato a presidente em 2018.

"O Lula paz e amor vai ser outra coisa daqui para frente", afirmou, diante de uma plateia de cerca de 1.500 pessoas, metade do esperado pela organização da festa. "Eu queria dizer para eles: vocês não vão me destruir, vamos sair mais fortes dessa luta", avisou aos adversários.

O petista disse estar "acabrunhado" e "de saco cheio" com as investigações que sofre do Ministério Público de São Paulo e na Operação Lava Jato e com o comportamento da imprensa. "Eu que combati tanto para ter um Ministério Público forte, não imaginava (o) ver subordinado à imprensa", disse.

Lula afirmou que o sítio em Atibaia frequentado por ele e sua família foi comprado pelo amigo Jacó Bittar e outros companheiros como uma "surpresa" para ele usufruir depois de deixar a presidência. "A chácara não é minha", insistiu.