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Secretaria diz que ainda pode usar reforço aéreo em situações graves

De São Paulo

08/04/2016 07h38

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou, em nota, que ainda pode usar reforço aéreo em situações graves e que já está em análise a contratação de uma nova empresa para prestar os serviços de manutenção dos quatro helicópteros de modelos Pelicano e Esquilo da Polícia Civil. A pasta afirmou também que o contrato com a Helialfa Comércio e Serviços Ltda. não foi renovado porque a empresa deixou de ter as certificações exigidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

De acordo com a SSP, o contrato foi encerrado, pois a Helialfa teria sido proibida pela agência de regulação de emitir relatório de aeronavegabilidade, que atesta que o helicóptero está apto para voar. "O que constaria do adendo do certificado, expedido em novembro de 2015, e pode ser consultado no site da Anac", informou a nota.

O proprietário da Helialfa, Carlos Roberto de Oliveira, no entanto, nega a justificativa da SSP sobre o rompimento do contrato. Ele disse à reportagem que foi por sua decisão que o contrato não foi renovado em novembro do ano passado, desde quando os aparelhos estão parados no Campo de Marte, na zona norte da capital.

Após ser informada das declarações do dono da empresa responsável pelos serviços, a secretaria emitiu uma nova nota, na qual afirma que os helicópteros estão aptos e são usados sempre que solicitados por algum departamento da corporação para operações policiais específicas.

A SSP alega que tem aparelho adequado para prestar serviço, porque há disponível um número determinado, e não divulgado, de horas regulares para voo.

Agência

No site da Anac, a Superintendência de Aerogovernabilidade (SAR) apresenta como "válido" o status da Helialfa Comércio e Serviços Ltda., o que significa que a empresa pode prestar serviços de manutenção no setor de aviação sem restrições.

Durante cerca de um mês, a Rádio Estadão acompanhou a movimentação no hangar onde estão estacionadas as aeronaves da Polícia Civil. Nesse período, foi averiguado o deslocamento de apenas um dos equipamentos, que, com certa frequência, era retirado do hangar e levado até a pista. No entanto, nenhum voo foi registrado pela reportagem. Após algumas horas no pátio, a aeronave voltava para o mesmo lugar. A única manutenção verificada pela reportagem foi a limpeza dos helicópteros.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.