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Ao renunciar, ministro da Integração Nacional defende "clima de diálogo"

Gilberto Occhi  - Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Gilberto Occhi Imagem: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Em Brasília

13/04/2016 17h57

Ao entregar sua carta de demissão do cargo de ministro da Integração Nacional nesta quarta-feira, Gilberto Occhi afirmou ao chefe de gabinete da Presidência da República, Jaques Wagner, que o PP "não é um partido radical" e que quer manter o "clima de diálogo" com o governo Dilma Rousseff.

Na carta endereçada à presidente - entregue por Occhi a Wagner por volta do meio-dia no Palácio do Planalto -, o ex-ministro justifica que pede exoneração por causa da decisão tomada nessa terça-feira, 12, pelo PP de desembarcar da base aliada da petista.

"Em virtude da decisão tomada pelo PP, partido que honrosamente me indicou para compor a vossa equipe, de deixar a base de apoio do vosso governo, venho respeitosamente apresentar o meu pedido de exoneração do cargo de ministro da Integração Nacional", acresceu Occhi.

Na carta, o ex-ministro agradece Dilma "pela confiança a mim conferida nestes últimos dois anos", desde quando assumiu o comando Ministério das Cidades, no primeiro mandato de Dilma, até sua posse como ministro da Integração, em janeiro de 2015.

"A oportunidade que tive de representar Vossa Excelência e o Partido Progressista em inúmeras ações e de ter contribuído junto com as equipes com quem trabalhei em importantes projetos do governo será guardada de forma permanente em minha vida", diz.

A expectativa é de que os diretores gerais do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs) e da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), ambos indicados pelo PP, entreguem seus cargos nos próximos dias.