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Kassab informa Dilma sobre decisão do PSD a favor do impeachment

Dilma e o ministro Gilberto Kassab em evento no final de março - Pedro Ladeira-30.mar.2016/Folhapress
Dilma e o ministro Gilberto Kassab em evento no final de março Imagem: Pedro Ladeira-30.mar.2016/Folhapress

Em Brasília

13/04/2016 19h03

Após participar de reunião com deputados do PSD na Câmara, o ministro das Cidades e criador da legenda, Gilberto Kassab, foi ao Palácio do Planalto nesta quarta-feira (14), comunicar à presidente Dilma Rousseff sobre a decisão da maioria da bancada a favor do impeachment. Apesar da movimentação da bancada, o ministro ainda não informou se entregará o cargo.

Kassab já havia informado há cerca de um mês aos integrantes da cúpula do governo que iria liberar a bancada dos deputados para votarem de acordo com "a consciência" de cada um no processo de afastamento da petista.

Antes de se encontrar com Dilma, o ministro ouviu os parlamentares que cobraram uma posição oficial do partido no dia da votação, prevista para ocorrer no próximo domingo. Na ocasião, Kassab disse que não tomaria partido, mas que a decisão da maioria seria respeitada.

Atualmente, dentre os 36 deputados do partido, estima-se que ao menos 26 sejam a favor do impeachment. Os favoráveis ao governo seriam apenas cinco. Após a decisão de desembarque do PP tomada na última terça-feira, 12, o PSD era, até a noite dessa quarta, um dos principais focos de investimento do governo na tentativa de impedir que a oposição consiga os 342 votos necessários para levar o processo de impeachment ao Senado.

 "Mudamos de liberado para favorável, mas respeitando a posição dos deputados divergentes", disse o líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso (DF), que afirmou que os dissidentes não serão punidos.

Segundo integrantes da cúpula do PSD ouvidos pela reportagem, apesar do sentimento de que o processo de impeachment deverá ser aprovado, ainda não se iniciaram conversas com o vice-presidente, Michel Temer, sobre uma possível composição num novo governo.

 

impeachment passo a passo

UOL Notícias

Próximos passos

 

Votação na Câmara

 

O plenário da Câmara fará votação nominal dos 513 deputados (o presidente da Casa, Eduardo Cunha, do PMDB-RJ, já indicou que também deve votar) sobre o pedido de impeachment. A votação está marcada para as 14h de domingo (17).Se tiver 342 deputados a favor, o pedido segue para análise do Senado

 

Autorização ao Senado

Comissão é formada no Senado em dois dias e tem mais dez dias de prazo para emitir um parecer

 

Votação no Senado

Se, por maioria simples (41 dos 81 senadores), o Senado referendar o pedido, a presidente é afastada de suas funções por 180 dias. O vice, Michel Temer (PMDB), assume interinamente

 

Julgamento

Ainda no Senado, são apresentadas acusação e defesa, sob o comando do presidente do STF, Ricardo Lewandowski. Para afastar Dilma de vez, são necessários 54 votos de um total de 81 senadores

 

Condenação

Se condenada, Dilma perde o mandato e fica inelegível por oito anos. Temer assume definitivamente para terminar o mandato para o qual a chapa foi eleita.