Eunício Oliveira rejeita relatoria do impeachment no Senado
O líder do PMDB do Senado, Eunício Oliveira (CE), afirmou, nesta quinta-feira (14), que não pretende ser relator do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff se o caso for aprovado na Câmara. O nome de Eunício foi defendido pelo senador Romero Jucá (RR), presidente em exercício do PMDB e um dos principais articuladores do afastamento da presidente. "Qualquer nome do partido está apto para relatar o caso. Eu sou líder. Vou indicar a pessoa no momento certo", ele disse.
Com trânsito em todos os partidos, Eunício é virtual candidato à Presidência do Senado em fevereiro de 2017, quando se encerra o mandato de Renan Calheiros (PMDB-AL). Ele não quer que o processo de impeachment contamine seu projeto futuro. Conforme a reportagem apurou, a senadora Marta Suplicy (SP), recém-filiada ao PMDB, pediu para relatar o caso. Contudo, ela não deve ser indicada porque vai disputar a Prefeitura de São Paulo.
Eunício sempre teve bom relacionamento com a presidente Dilma Rousseff e com o ex-presidente Lula, do qual foi ministro das Comunicações. Em 2014, porém, foi candidato a governador do Ceará contra o petista Camilo Santana, que foi apoiado pelos irmãos Cid e Ciro Gomes (PDT). Apesar de ter perdido a eleição para o PT, ele não rompeu com o governo federal.
Mais recentemente, porém, Eunício não aceitou um convite para se reunir com o ex-presidente Lula. Apesar de sua ligação com Renan Calheiros no Senado, Eunício foi deputado federal e, portanto, ainda mantém bons laços com o grupo da Câmara. Atualmente, ele tem mediado as conversas entre Renan e o vice-presidente Michel Temer. Até agora, os dois estiveram em lados opostos em relação ao impeachment. Renan sempre foi contra.
Próximos passos
Votação na Câmara
O plenário da Câmara fará votação nominal dos 513 deputados (o presidente da Casa, Eduardo Cunha, do PMDB-RJ, já indicou que também deve votar) sobre o pedido de impeachment. A votação está marcada para começar às 14h de domingo (17). Se tiver 342 deputados a favor, o pedido segue para análise do Senado
Autorização ao Senado
Comissão é formada no Senado em dois dias e tem mais dez dias de prazo para emitir um parecer
Votação no Senado
Se, por maioria simples (41 dos 81 senadores), o Senado referendar o pedido, a presidente é afastada de suas funções por 180 dias. O vice, Michel Temer (PMDB), assume interinamente
Julgamento
Ainda no Senado, são apresentadas acusação e defesa, sob o comando do presidente do STF, Ricardo Lewandowski. Para afastar Dilma de vez, são necessários 54 votos de um total de 81 senadores
Condenação
Se condenada, Dilma perde o mandato e fica inelegível por oito anos. Temer assume definitivamente para terminar o mandato para o qual a chapa foi eleita.
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