Temer espera nome do PP ou 'notável' apadrinhado para Ministério da Agricultura
Com a indicação para a Agricultura, o PP teria dois ministérios, já que o cirurgião paulista Raul Cutait caminha para ser o ministro da Saúde. Cutait é indicação do presidente nacional do PP, o senador e ex-ministro Ciro Nogueira (PI), e causou desconforto na bancada do partido na Câmara. "O PP está dividido de Minas Gerais para cima e para baixo. A Saúde é a indicação da parte de cima", disse uma fonte. Entre os políticos de Estados "abaixo de Minas Gerais" do PP, surgem três nomes para suceder à ministra Kátia Abreu, todos do Rio Grande do Sul: a senadora Ana Amélia, o deputado federal Luiz Carlos Heinze e o ex-ministro da Agricultura Francisco Turra, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
"Os nomes estão sendo discutidos na bancada e ainda não há nada fechado, já que a prioridade era a escolha para o Ministério da Saúde", admitiu Heinze. A senadora Ana Amélia chegou a ser consultada por representantes do partido e do setor, mas se mostrou desconfortável com a indicação, disse que respeita a ministra Kátia Abreu e que se incomodaria em ser sua sucessora.
Um dos líderes da bancada ruralista e ainda um nome com bom trânsito para pacificar os deputados do PP descontentes com a indicação de Cutait, Heinze teria como ponto desfavorável o fato de ser investigado na Operação Lava Jato. Já Turra seria uma opção tanto política quanto do setor, já que é, há algum tempo, executivo de entidades do agronegócio. O PP pode, no entanto, apadrinhar outro "notável" do agronegócio, sem filiação política.
Outro ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues trabalha nos bastidores, junto às entidades e empresários do setor, para ver seu nome como o indicado de consenso dos ruralistas. O nome de Rodrigues ganhou força como o provável apadrinhado pelo PRB, partido que optou pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e que deve indicar o presidente nacional, Marcos Pereira ao cargo.
Representantes de outras entidades ruralistas tentam ainda emplacar o nome do empresário rural João Sampaio, ex-secretário da Agricultura do Estado de São Paulo. Apesar de ter ocupado o posto nos governos tucanos de José Serra e Geraldo Alckmin, Sampaio não é filiado ao PSDB, o que facilitaria o acordo. Mas, para Sampaio aceitar o cargo, o convite para o ministério teria de partir do próprio Temer, o que daria ao ex-secretário paulista poder para escolher sua equipe sem interferência partidária.
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