Ação da Rede, caso aprovada, abrange réus de qualquer processo no STF, diz Marina
A Rede propôs ação que solicitava o afastamento de Cunha, uma das pautas previstas para a sessão de hoje do Supremo Tribunal Federal (STF). Antes do tema ser debatido pelos ministros da Corte, contudo, o ministro Teori Zavascki determinou o afastamento do deputado peemedebista do mandato e, consequentemente, do comando da Câmara.
"A ação, caso aprovada, impede que permaneçam em cargos que façam parte da linha sucessória da Presidência da República todos aqueles que sejam réus em qualquer processo no Supremo, como é o caso de Eduardo Cunha e poderá ser o caso de Renan Calheiros - se o Supremo acolher uma das 12 denúncias apresentadas pelo Ministério Público contra ele - ou de Waldir Maranhão, sucessor de Cunha na presidência da Câmara, que também foi denunciado na Lava Jato", aponta o texto.
"Se o presidente da República não pode permanecer no cargo por responder a processo no Supremo, como corretamente assevera a Constituição Federal, o princípio da isonomia para quem estiver na linha de sucessão como na ação apresentada pela Rede é inteiramente necessária", destacou a ex-senadora.
Para Marina, a suspensão de Cunha confirma o acerto de sua análise de que "a política se mostra impotente para mediar e resolver os problemas que afetam o interesse público" e que, por isso, a Justiça está agindo "em socorro da sociedade e da própria política".
De acordo com a ex-senadora, o STF deu um passo decisivo ao acatar o pedido do Ministério Público "para garantir hoje o que o País estava exigindo há meses do Congresso". Marina ainda lembrou que seu partido, a Rede, entrou com representação contra Cunha na Comissão de Ética da Câmara, feita com o PSOL, por quebra de decoro parlamentar em outubro de 2015.
Segundo Marina, "a quase certeza de impunidade por parte daqueles que usam suas funções públicas para praticarem crimes contra os interesses da sociedade está na base do combate à corrupção sistêmica que tem assolado nosso país".
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