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Pesquisa revela imagem ruim da gestão Temer no exterior

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (à esq.), e o presidente interino, Michel Temer - Ueslei Marcelino - 8.jun.2016/Reuters
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (à esq.), e o presidente interino, Michel Temer Imagem: Ueslei Marcelino - 8.jun.2016/Reuters

Em Brasília

10/06/2016 11h42

Levantamento entregue nesta semana ao Palácio do Planalto mostra que a imagem do governo do presidente em exercício, Michel Temer, está ruim na mídia internacional, informa o jornal "O Estado de S. Paulo". A tese do golpe, que continua a ser propagada por apoiadores da presidente afastada, Dilma Rousseff, em eventos dos quais o Brasil participa no exterior e em reuniões de organismos internacionais, mostra algum arrefecimento - embora continue a ser adotada. Porém pesa contra Temer a percepção de um governo tolerante com a corrupção.

Um exemplo é o fato de a Operação Lava Jato ter chegado ao ponto de mandar prender pessoas da cúpula do partido do presidente, o PMDB - inclusive o senador Romero Jucá (RR), que foi ministro do Planejamento por 12 dias e integra o núcleo mais próximo a Temer.

Mesmo a realização dos Jogos Olímpicos no país, uma agenda positiva, não tem ajudado o atual governo. Pelo contrário, virou um problema de imagem por causa do zika vírus. Há pressões, inclusive de setores da comunidade científica, pelo adiamento ou pela transferência dos Jogos para outro local.

A pesquisa mostra que a imagem de Temer só fica positiva no noticiário econômico. Há um entendimento na mídia internacional que as medidas propostas pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, estão na direção correta.

Alertada pela pesquisa, a equipe de Temer busca uma reação. Como primeira providência, Temer deverá conceder mais entrevistas a veículos estrangeiros. Outra linha de ação é "usar" mais Meirelles. Ela já foi colocada em prática na quarta-feira (8) no evento com empresários no Planalto. Originalmente, não estava prevista a fala do ministro da Fazenda. Porém ele foi escalado a discursar, para "colar" a agenda econômica no presidente.