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Inquérito denunciará quatro por estupro coletivo no Rio

Raphael Assis Duarte Belo, 41, é um dos principais suspeitos de participar do estupro coletivo da adolescente de 16 anos - Divulgação/Polícia Civil
Raphael Assis Duarte Belo, 41, é um dos principais suspeitos de participar do estupro coletivo da adolescente de 16 anos Imagem: Divulgação/Polícia Civil

17/06/2016 08h20Atualizada em 17/06/2016 13h16

O inquérito que investiga o estupro de uma adolescente de 16 anos na zona oeste do Rio de Janeiro, no mês passado, indiciará quatro acusados pelo crime e dois pela divulgação de imagens da vítima em redes sociais. Os policiais civis encarregados da apuração não encontraram indícios da participação de 33 criminosos no estupro, como a jovem contou em depoimento que teve repercussão internacional. A Polícia Civil divulgará nesta sexta-feira (17) a conclusão do inquérito.

Raí de Souza, 22, Raphael Belo, 41, e os traficantes Perninha e Moisés Lucena, o Canário, deverão responder pelo crime de estupro. Raí e Raphael estão presos; Perninha e Canário estão foragidos.

Além dos que responderão pelo estupro, Marcelo da Cruz Miranda Correa, 18, e Michel Brasil, 20, deverão ser acusados de divulgar em redes sociais os vídeos em que a menor aparece desacordada, nua e sendo tocada na genitália. Segundo a delegada Cristiana Onorato Bento, da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, o fato de o inquérito ser entregue não impede que a investigação continue e que sejam descobertos mais acusados de participar do crime.

Ela disse que ainda poderá indiciar por estupro o chefe do tráfico do Morro da Barão, Sérgio Luiz da Silva Júnior, o Da Russa. A jovem contou em depoimento que encontrou Da Russa ao sair do "abatedouro", como é conhecido o casebre onde foi estuprada na favela, após participar de um baile funk na madrugada de 21 de maio. Até agora a delegada não encontrou provas do envolvimento de Da Russa na agressão sexual.

A adolescente não será novamente ouvida, como estava previsto inicialmente, porque a delegada considerou desnecessário, pois as dúvidas foram sanadas com o avanço das investigações.

Na segunda-feira passada, Cristiana chegou a tentar contato com o Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte para tentar viabilizar o novo depoimento da vítima. Por questões de segurança, a jovem foi retirada do Estado, com os parentes próximos. Ela recebeu ameaças de traficantes do Morro da Barão, na Praça Seca, zona oeste, onde o estupro aconteceu. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".