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Polícia do Rio encontra esconderijo de Fat Family e três morrem durante ação

Fat Family deixou o local antes da chegada dos policiais - Pablo Jacob/Agência O Globo
Fat Family deixou o local antes da chegada dos policiais Imagem: Pablo Jacob/Agência O Globo

24/06/2016 10h37

A polícia encontrou na manhã desta sexta-feira (24), o local que teria servido de esconderijo para o traficante Nicolas Labre Pereira de Jesus, o Fat Family, resgatado do Hospital Souza Aguiar no domingo (17). Na casa, localizada na Favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, os policiais encontraram medicamentos e materiais para curativos.

Três pessoas morreram e cinco foram presas durante a ação, mas Fat Family deixou o local antes da chegada dos policiais.

A operação contou com agentes das delegacias de Combate às Drogas, Roubos e Furtos de Carga e da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil.

A busca pelo traficante já deixou oito mortos. Outras cinco pessoas foram mortas na quarta-feira (22), quando a Polícia Militar procurava Fat Family na favela da Rola, na zona oeste.

O traficante foi retirado do Souza Aguiar na madrugada de domingo, em uma ação que teve a participação de cerca de 25 criminosos. Na saída do hospital, houve troca de tiros. Um policial militar e um técnico de enfermagem foram baleados. O vigilante Ronaldo Luiz Marriel de Souza, que chegava ao Souza Aguiar para ser atendido, foi atingido e morreu no local.

Durante a semana, houve operações de 22 batalhões da Polícia Militar em busca de Fat Family e dos homens que participaram do seu resgate.

Transferência de presos

Na quarta-feira (22), quinze presidiários que estavam no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste, foram transferidos para presídios federais fora do Estado. Todos os presos são da facção responsável pela ação do último domingo.

A transferência foi determinada pelo titular da VEP (Vara de Execuções Penais), juiz Eduardo Oberg. De acordo com o magistrado, as gravações de áudio em comemoração pelo resgate de Nicolas, recebidas por seu tio, Edson Pereira Firmino de Jesus, o Zaca, dentro da cadeia, evidenciam a necessidade de desarticulação imediata da quadrilha e seu constante monitoramento de modo rigoroso.