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PM morto ao reagir a assalto era segurança do prefeito do Rio

No Rio de Janeiro

26/06/2016 14h55Atualizada em 27/06/2016 10h35

O tenente da Polícia Militar Denilson Theodoro de Souza, 49, morto a tiros na manhã deste domingo (26) após reagir a uma tentativa de assalto no bairro da Pavuna, zona norte do Rio de Janeiro, trabalhava na segurança do prefeito, Eduardo Paes (PMDB).

O tenente, que estava acompanhado de seu cunhado, foi abordado na rua Sargento Antônio Ernesto por volta das 6h. O cunhado dele pediu socorro a uma viatura do BPVE (Batalhão de Policiamento em Vias Expressas), que ajudou a família a encaminhá-lo ao Hospital Central da Polícia Militar, no Estácio, região central da cidade. De acordo com a Polícia Militar, ele não resistiu aos ferimentos.

Na fuga, os criminosos abandonaram um veículo nas proximidades do crime. Souza, que trabalhava há 29 anos na Polícia Militar, estava cedido à Prefeitura do Rio. Agentes da 41º BPM (Irajá) realizaram buscas no local para tentar prender os suspeitos.

Paes divulgou nota à imprensa em que lamenta a morte do tenente. "É muito ruim, muito triste. Quero me solidarizar com a família dele. Lamento imensamente a perda de uma pessoa da nossa equipe e que até ontem (sábado, 25) era responsável pela minha segurança", afirmou o prefeito. Souza fazia parte da equipe de segurança de Paes há quatro anos. Ele era casado e deixa dois filhos, um menino de 16 anos e uma menina de nove anos.

Médica baleada

Na noite de sábado (25), a médica Gisele Palhares Gouvêa, 34, estava sozinha em seu carro, uma Land Rover, quando foi baleada, com dois tiros, na cabeça. Ela estava em um acesso à Linha Vermelha, na altura do mesmo bairro onde o PM foi assassinado.

A médica era diretora da Clínica da Família de Vila de Cava, em Nova Iguaçu, município da região metropolitana do Rio. A clínica foi inaugurada em dezembro do ano passado como unidade municipal de saúde com funcionamento 24h. Ela estava voltando para sua casa, na Barra da Tijuca, bairro nobre da capital fluminense. Ela fazia esse trajeto ao menos três vezes por semana.

"O problema não é chegar em Nova Iguaçu ou ficar na Barra. O problema é essa 'faixa de Gaza' que a gente infelizmente ainda tem aqui no Rio de Janeiro, que é Linha Vermelha e Linha Amarela", afirmou o marido da vítima, Renato Palhares. "Não dá para ficar andando de carro blindado".