Disputa pelo Ministério do Turismo pode beneficiar aliado de Renan
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse hoje que a definição do nome para a pasta sairia ainda nesta semana e que ela seria tomada pela bancada do PMDB na Câmara, o que exclui Pereira entre as indicações. Com a possível nomeação de Marx Beltrão ficariam preteridos os nomes ligados ao PMDB de Minas Gerais - Leonardo Quintão e Newton Cardoso Júnior.
A decisão pode abrir mais um racha entre Câmara e Senado, entretanto, o foco do Planalto neste momento é "agradar" mais os senadores, já que caberá a eles a definição do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Procurado, Renan nega a interferência. Segundo sua assessoria de imprensa, o presidente do Senado "não indica, não sugere, não endossa nomes para o governo enquanto estiver a frente do Senado federal". A justificativa de Renan é que isso seria "incompatível com a independência entre os poderes".
Apesar da negativa, no Palácio do Planalto, interlocutores de Temer reconhecem que a escolha de um "afilhado" de Renan poderia ser um aceno importante para conquistar de vez o presidente do Senado que tem feitos sinais "contraditórios". Ao mesmo tempo em que oferece um jantar para o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, como faz nesta terça-feira, ele já discute a possibilidade de haver recesso parlamentar, o que atrasaria a análise a conclusão do processo de impeachment.
Cotado para o cargo, Quintão preferiu não comentar sua possível escolha e disse que tomou a posição de aguardar. "Aguardo a definição do presidente. Essa nomeação vai depender também da escolha dentro da bancada federal do PMDB", afirmou.
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