Empresário Tony Mayrink Veiga morre aos 89 anos
Conhecido playboy carioca nas décadas de 1950, 60 e 70, Tony herdou do pai, Antenor, a Casa Mayrink Veiga, fundada em 1864 e fornecedora de armas para o Exército desde a Guerra do Paraguai - nos anos 1980, passaria de representante a fabricante de armamentos. Tony também foi dono da Rádio Mayrink Veiga, fechada pela ditadura militar em 1965, e chegou a ter uma holding de oito empresas.
Milionário e aficionado por caçadas, Tony participou de safáris na África e na Europa. Enquanto a mulher se divertia em jantares, bailes e desfiles de moda, Tony, discreto e avesso a badalações, chegou a pagar US$ 150 mil por uma expedição à África que incluiu caçadas a elefantes, búfalos e rinocerontes. Um bimotor abastecia o acampamento - a água servida era da marca francesa Evian, contou ele em uma entrevista à revista Veja.
Seus negócios começaram a fazer água com o confisco da poupança no governo de Fernando Collor, em 1990. Em 1993, o conglomerado inglês Ferranti, fornecedor de sistemas de defesa, foi à falência. Tony representava esse grupo no Brasil e afirmava que os ingleses deixaram dívidas com a Casa Mayrink Veiga. Ele também afirmou ter sido prejudicado pela quebra da Indústria Verolme, que ficou com dois navios equipados pela Mayrink Veiga no estaleiro.
Após empréstimos e tentativas de renegociação da dívida, Tony foi alvo de ações judiciais e teve bens levados a leilão.
No primeiro deles, em maio de 1995, perderam o Rolls-Royce 1951 em que Carmen chegou à igreja da Candelária, no centro do Rio, no dia de seu casamento. Depois foram leiloados quadros e outras obras de arte. As dívidas do empresário estavam em discussão na Justiça pelo menos até o ano passado.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.