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Governo não vai interferir, mas ideal é diminuir número de candidatos, diz Moura

O líder do governo na Câmara, deputado André Moura (PSC-SE) - Luis Macedo/Câmara dos Deputados
O líder do governo na Câmara, deputado André Moura (PSC-SE) Imagem: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Em Brasília

12/07/2016 09h37

Diante da possibilidade de um racha irreversível na base aliada em razão da disputa pela presidência da Câmara, o líder do governo na Casa, André Moura (PSC-SE), defende que seja reduzido ao máximo o número de candidatos. Até o início da noite desta segunda-feira (11), já havia nove inscritos para a eleição, prevista para ocorrer nesta quarta-feira (13), a partir das 16h no plenário da Câmara.

"O governo não vai interferir para tirar candidatura nenhuma. Mas nós esperamos que os líderes dos partidos, as executivas nacionais dos partidos entendam que o ideal é que eles possam diminuir o máximo possível essas candidaturas. Nós já temos hoje 16 candidaturas colocadas, nove registradas e mais sete que temos conhecimento que irão registrar. Então, a gente torce para que os próprios partidos, as lideranças se entendam e diminuam esse número de candidatos", ressaltou André Moura nesta terça-feira.

O líder do governo integra o chamado centrão, composto também por PSD, PP, PR, PTB e partidos médios. Líderes dessas legendas apoiam a candidatura de Rogério Rosso (PSD-DF), que também conta com o aval do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do Palácio do Planalto.

A intenção do grupo, discutida em almoço realizado nesta segunda-feira, é de tentar, até o dia da votação, negociar a retirada de alguns dos nomes que sinalizaram entrar na disputa e, dessa forma, deixar o caminho livre para Rosso.

Ao longo desta terça, está prevista uma série de reuniões de bancadas dos principais partidos envolvidos nas negociações. Entre eles o PMDB e o PSDB, que devem definir quem irão apoiar em encontros agendados para hoje.

No caso dos tucanos, que têm a terceira maior bancada, com 51 deputados, a tendência é apoiar um nome que integre a chamada antiga oposição formada por DEM, PSB e PPS. Entre os mais cotados, está o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Dentro desse grupo da antiga oposição, há o sentimento de que o Planalto está em dívida com Maia, que foi preterido na disputa pela liderança do governo, pelo deputado André Moura.