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Em vídeo, Temer "se apresenta" para beneficiários do Bolsa Família

O presidente interino, Michel Temer (PMDB) - Nelson Antoine/Framephoto/Estadão Conteúdo
O presidente interino, Michel Temer (PMDB) Imagem: Nelson Antoine/Framephoto/Estadão Conteúdo

Em Brasília

13/07/2016 16h00

O presidente em exercício, Michel Temer, postou nesta quarta-feira (13) nas redes sociais um vídeo destacando o aumento concedido pelo governo ao Bolsa Família e se apresentando aos beneficiários do programa. "Eu sou Michel Temer e estou falando do Palácio do Planalto, onde estou exercendo a presidência da República", diz Temer, no vídeo.

O Bolsa Família é tido como uma das principais bandeiras do governo da presidente afastada Dilma Rousseff, e por isso Temer tem ampliado o esforço para desmontar a tese da petista de que ele está acabando com os programas sociais.

No vídeo, Temer diz que o aumento de 12,5% válido a partir deste mês mostra a preocupação do governo federal com as famílias carentes. "Quero dizer a você que o governo federal está preocupado com sua vida, com a possibilidade da sua subsistência e, por isso, você que vive basicamente do Bolsa Família deve ter essa notícia", diz o presidente em exercício.

Segundo Temer, o reajuste dado por seu governo é uma "valorização do Bolsa Família, que por mais de dois anos não teve aumento. "Nós praticamente aumentamos em quase 20 reais o valor do Bolsa Família", disse.

Em sua mensagem aos beneficiários, Temer diz que trabalha para gerar empregos e acabar com a situação transitória do auxílio do governo. "Esperamos, o governo brasileiro espera, que isso (reajuste) ajude você a passar essa fase do Bolsa Família. Você sabe que nós estamos trabalhando para abrir muitos empregos e, se Deus quiser, num dado momento o Brasil terá emprego para todos", afirmou, ressaltando que confia que o reajuste médio de R$ 20 "será importante para você, para sua subsistência e para a sua família."

Reajuste

O aumento do Bolsa Família foi anunciado no dia 29 de junho e ficou acima dos 9% anunciados pela presidente afastada Dilma Rousseff em 1º de maio, quando ela ainda comandava o País. O reajuste, que terá um custo de R$ 2,1 bilhões por ano, passará a ser pago a partir de 18 de julho. O programa atende atualmente 14 milhões de famílias.

Em discurso durante o anúncio do reajuste, Temer disse que a medida mostrava "valorização do programa", mas ressaltou que, apesar de fundamental, ele não deve ser algo "para perdurar". "Enquanto houver extrema pobreza, é preciso ter programas desta natureza", afirmou o presidente em exercício, acrescendo que "num dado momento" talvez ele seja desnecessário. "No Brasil, muitos têm a mania de achar que, se um governo sucede outro, tem que desmoralizar e desprezar tudo aquilo que deu certo no governo passado", disse Temer, para quem "o primeiro direito social é o direto ao emprego".