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Defesa quer segredo nos diálogos do ex-presidente da Andrade Gutierrez

O ex-presidente da construtora Andrade Gutierrez, Otávio Marques Azevedo - Rodolfo Buhrer - 26.jun.2015/Reuters
O ex-presidente da construtora Andrade Gutierrez, Otávio Marques Azevedo Imagem: Rodolfo Buhrer - 26.jun.2015/Reuters

De São Paulo

19/07/2016 13h31

A defesa do ex-presidente da Andrade Gutierrez e delator da Lava Jato Otávio Marques Azevedo solicitou ao juiz Sérgio Moro que todo o material das conversas do WhatsApp e mensagens SMS dos celulares do empreiteiro fiquem em segredo de Justiça.

No pedido, os advogados Juliano Breda e Flávia Trevizan alegam que existem nas mensagens material de "cunho íntimo" e pedem ainda que seja analisado quais conteúdos podem ser tornados públicos sem violar a privacidade de Otávio e sua família.

Na residência do executivo a Polícia Federal encontrou sete aparelhos celulares, sendo seis Iphones e um Motorola, e identificou milhares de mensagens entre Otávio e políticos como o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ex-ministro Paulo Bernardo, o ex-porta-voz de Dilma Thomas Traumann e o governador de Minas Fernando Pimentel, dentre outros.

As mensagens revelam o bom trânsito político e até o assédio que Otávio Azevedo recebia de parlamentares, sobretudo de Eduardo Cunha, que chega a cobrar doações para seu correligionário Henrique Alves.

Há também diálogos do executivo com seus familiares que mostram seu apoio a políticos do PSDB, sobretudo o presidente do partido Aécio Neves, e ao "amigo" Fernando Pimentel, candidato do PT ao governo de Minas que Otávio indica para suas filhas votarem em 2014.