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Comissão de combate à corrupção ouvirá pelo menos 40 convidados em 2 meses

Em Brasília

02/08/2016 18h37

O plano de trabalho apresentado nesta terça-feira (2) na Comissão Especial que estabelece medidas de combate à corrupção determina que as oitivas de pelo menos 40 pessoas serão realizadas às segundas e terças-feiras durante os meses de agosto e setembro. A expectativa do relator da comissão, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), é de que o número chegue a cerca de 60 nas próximas semanas. O parlamentar planeja elaborar o seu parecer em outubro e votar o texto na comissão e no plenário em novembro.

Lorenzoni não considera que o número elevado de convidados na comissão especial prejudicará o andamento dos trabalhos. A data limite estabelecida para a votação do parecer no plenário pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é 9 de dezembro, dia internacional de combate à corrupção. Para cumprir o calendário, os convidados serão divididos em grupos de pelo menos duas pessoas por dia. O relator e o presidente afirmaram que não podem interferir no número de requerimentos e que cabe aos membros do colegiado aprová-los ou não.

"A gente tem que trabalhar. Se tiver que entrar noite adentro não tem problema nenhum", afirmou Lorenzoni. "Fomos eleitos para trabalhar aqui por quatro anos. Nosso papel é trabalhar na comissão, depois teremos tempo suficiente para fazer campanha", continuou. As datas do plano de trabalho do colegiado foram determinadas de acordo com os dias de funcionamento da Câmara durante o período de campanha eleitoral. As votações da Casa ocorrerão apenas às segundas, terças e quartas até o mês de outubro.

A primeira oitiva, com o juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, foge do cronograma e está prevista para quinta-feira, 4, às 9 horas. A agenda gerou controvérsia entre alguns deputados, que pediram uma alteração na data para garantir um quórum elevado durante a audiência pública. Apesar de o presidente do colegiado, Joaquim Passarinho (PSD-PA), ter dito aos parlamentares que vai consultar novamente Moro para saber a sua disponibilidade, Lorenzoni avaliou que não cabe uma mudança neste momento.