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Movimento MSTS é o maior opositor à administração Haddad

8.abr.2016 - Integrantes do MSTS (Movimento Sem Teto de São Paulo) ocupam a calçada da Prefeitura de São Paulo - J. Duran Machfee/Futura Press/Estadão Conteúdo
8.abr.2016 - Integrantes do MSTS (Movimento Sem Teto de São Paulo) ocupam a calçada da Prefeitura de São Paulo Imagem: J. Duran Machfee/Futura Press/Estadão Conteúdo

Em São Paulo

06/08/2016 08h39

Entre os movimentos de moradia, o MSTS é quem faz a maior oposição à administração Fernando Haddad (PT). Desde quando foi fundado, em 2013, o grupo travou diversos embates com a Prefeitura. No protesto mais recente, os sem-teto passaram cerca de três meses, de abril a junho, acampados com 200 barracas em frente ao prédio do governo municipal, no Viaduto do Chá.

Outra disputa envolve o Cine Marrocos, na Rua Conselheiro Crispiniano, prédio ocupado em outubro de 2013 - 20 dias depois da criação do MSTS. A sede do movimento ficava do outro lado da rua, mas foi alvo de uma reintegração de posse no final de 2014. Na ocasião, houve confronto com a polícia e os sem-teto incendiaram alguns apartamentos.

Próximo ao Cine Marrocos, também na região central, o mesmo movimento ocupou um prédio na Rua 7 de abril. A invasão mais recente do MSTS aconteceu no dia 31. O imóvel é um prédio da Prefeitura, na Rua Asdrúbal do Nascimento, na Bela Vista, no centro.

O grupo estaria atuando prestando serviços específicos - um deles era a cobrança de aluguel de moradores nas ocupações. No Cine Marrocos, cuja reintegração de posse estava prevista para junho, eram cobrados R$ 400 dos moradores, segundo famílias. Em 2014, ano eleitoral, o MSTS expôs cartazes eleitorais do PSDB em suas invasões na Rua Conselheiro Crispiniano. O movimento, porém, afirmava não ter ligação política com nenhum partido específico.

Guilherme Boulos, dirigente do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), grupo rival do MSTS, afirmou que desconhece qualquer vinculação do movimento investigado pela polícia com partidos políticos. Segundo Boulos, o grupo nem sequer poderia ser considerado movimento social, pois seria formado por "oportunistas disfarçados". "O grupo cobrava dinheiro dos moradores e alugava cômodos em ocupações. Tratava-se de pessoas usando movimento social de fachada para obter ganho próprio de forma oportunista", disse Boulos. (As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo")