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Deputadas pedem que Feliciano seja investigado pelo Conselho de Ética

Deputado Feliciano nega o estupro de militante de seu partido - Zeca Ribeiro/Agência Câmara
Deputado Feliciano nega o estupro de militante de seu partido Imagem: Zeca Ribeiro/Agência Câmara

Em Brasília

10/08/2016 14h12

Deputadas de diferentes partidos apresentaram nesta quarta-feira (10) uma representação ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pedindo que o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) seja investigado pelo Conselho de Ética da Casa. O parlamentar é acusado de tentativa de estupro, assédio sexual e agressão.

A petição foi assinada por 22 deputadas e apoiada por entidades representativas. A partir de agora, segue para a Corregedoria da Casa, que posteriormente retorna o pedido ao presidente, para que ele finalmente encaminhe ao Conselho de Ética.

Ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Feliciano foi acusado pela jornalista Patrícia Lélis. Ela afirmou em entrevista que foi atraída por Feliciano para seu apartamento funcional, em Brasília, onde ele teria proposto que ela fosse sua amante em troca de um cargo no partido e um salário de R$ 15 mil.

"Ele tentou me arrastar para o quarto e tirar meu vestido. Como eu resisti, ele me deu um soco na boca e um chute na perna", disse Patrícia, na última semana.

A líder da Minoria na Câmara, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), disse que não haverá prejulgamento. "Esperamos apuração isenta do Conselho de Ética", afirmou. "Omissão da Casa não é aceitável." Segundo ela, se houver comprovação de crimes, o regimento da Câmara prevê punições.

A deputada lamentou que o PSC tenha decidido manter o parlamentar na liderança da sigla e disse que esse não é um caso que envolve religião. "O PSC deveria pedir para apurar o caso", afirmou. "Não considero que os evangélicos concordem com qualquer omissão com relação a isso."

Outro lado

Em vídeo divulgado no sábado (6), Feliciano negou as acusações. "Eu quero dizer a todos vocês que embora eu esteja com o coração quebrado, machucado, com a minha família toda sofrendo, eu não vou julgar essa moça, eu perdoo ela, embora eu espere que ela seja responsabilizada pela falsa comunicação do crime", disse ele ao lado da mulher, Edileusa.