Topo

Secretário de Doria defende integrar programas de Haddad e Alckmin sobre crack

Fluxo de moradores de rua e usuários de crack em praça diante da estação Júlio Prestes - Marlene Bergamo/Folhapress
Fluxo de moradores de rua e usuários de crack em praça diante da estação Júlio Prestes Imagem: Marlene Bergamo/Folhapress

Em São Paulo

27/10/2016 13h19

O médico Wilson Pollara, anunciado nesta quinta-feira (27), como secretário de Saúde na gestão de João Doria a partir de janeiro, defende uma integração dos programas do atual prefeito, Fernando Haddad (PT), e do governador Geraldo Alckmin (PSDB) para o atendimento a dependentes de crack.

Durante a campanha, o então candidato João Doria prometeu acabar com o programa Braços Abertos, de Haddad, e implantar na cidade o Recomeço, desenvolvido pelo governo do Estado. O projeto atual da Prefeitura trabalha com o resgate de usuários de crack a partir do trabalho remunerado. Já o Recomeço propõe a internação de dependentes.

"Vamos tentar integrar os dois programas, o Recomeço com o Braços Abertos, logicamente vamos ver o que tem de melhor em cada um", disse o futuro secretário de Doria após ser anunciado para a pasta.

Ele considera os dois programas como "exitosos" e falou que, quando assumir, a equipe vai levantar dados para ver o que mantém e o que retira do programa. "Vamos juntar os dois (programas). Obviamente não é totalmente dispensável (o Braços Abertos)", disse o futuro secretário, que foi um dos responsáveis por implantar o Recomeço na gestão Alckmin. Pollara ocupa atualmente o cargo de secretário-adjunto de Saúde no governo do Estado.

O futuro secretário de Doria afirmou que a política de remuneração a dependentes precisa ser reavaliada através de dados. "Se esse dinheiro realmente ajudou a pessoa, não vai ter problema nenhum. Se está sendo usado para comprar drogas, temos que avaliar isso através de algum indicador", comentou.

Falta de diálogo emperra programas de Haddad e Alckmin na cracolândia

TV Folha