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'Em 2018, se o PSB tiver apoio de Alckmin, melhor', diz Paulo Câmara

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), ao tomar posse no Palácio Joaquim Nabuco - Ademar Filho - 1º.jan.2015/Futura Press/Estadão Conteúdo
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), ao tomar posse no Palácio Joaquim Nabuco Imagem: Ademar Filho - 1º.jan.2015/Futura Press/Estadão Conteúdo

De Brasília

10/11/2016 07h23

Herdeiro político de Eduardo Campos, o governador de Pernambuco e vice-presidente nacional do PSB, Paulo Câmara, defendeu ao "Estadão" a possibilidade de um acordo com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), para que o vice-governador paulista Márcio França (PSB) seja o candidato do tucano à sucessão no Palácio dos Bandeirantes em troca do apoio do PSB à sua eleição. Veja a seguir trechos da entrevista.

Quais são as pretensões do PSB em 2017?

Em 2017 vamos nos preparar para 2018. A retomada da pauta nacional é o grande desafio do PSB para 2017.

Com qual finalidade?

Construir um espaço para 2018 que pode ser uma candidatura própria ou uma que una as ideias e pensamentos dessa esquerda democrática, para ver uma alternativa para o futuro.

Para isso, haverá aliança com PSDB?

Primeiro temos de discutir as nossas pautas. E, em havendo confluências de opiniões e de caminhos, é possível se discutir com outros partidos. Mas o momento não é de se trabalhar candidaturas pessoais, mas de discutir uma pauta nacional.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pode ser uma opção?

Nunca se discutiu com o governador Alckmin ou com o PSDB nenhuma estratégia para 2018. Nem dentro do PSB se discutiu isso. Mas temos uma aliança muito sólida em São Paulo, com o vice-governador Márcio França, muitos municípios de São Paulo também tiveram essa aliança. Temos expectativa do Márcio França ser governador e candidato ao governo.

Com apoio do Alckmin?

Ele será candidato. Com o apoio do Alckmin, melhor. Uma das grandes apostas que temos para 2018 é a candidatura do Márcio para também podermos ter pela primeira vez o comando do grande Estado que é São Paulo.

Dentro de um possível apoio com o PSDB em 2018, há alguma restrição de aliança com o senador Aécio Neves?

Não existe restrição desde que haja confluências de pensamento nessa pauta nacional que estamos construindo. Evidentemente, temos uma relação hoje mais sólida com o PSDB de São Paulo, onde a grande liderança é o Alckmin. Isso é uma discussão que vai avançar muito. Mas acho que o PSB tem de pensar em crescer, ter candidatura própria, se possível, em fortalecer palanques estaduais. São Paulo é uma prioridade para 2018.

Acha viável uma candidatura do Alckmin pelo PSB em 2018?

Acho muita especulação. Vemos uma relação muito sólida dele com o PSDB. Essa discussão nunca chegou no PSB.

O PSB desembarca do governo Temer em 2017?

Não há o porquê de o PSB desembarcar. A Executiva Nacional nunca pleiteou estar no governo federal. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

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