Presidente do PSB descarta ruptura, mas diz que apoio a Temer não é irrestrito
"Nosso apoio nunca foi incondicional. Nunca foi a governo nenhum", frisou Siqueira à reportagem. A declaração de Siqueira vem no momento em que parte dos parlamentares defendem a saída da base aliada do governo Temer.
Embora tenha titularidade no Ministério de Minas e Energia, o PSB - que já não foi coeso na votação da PEC do teto na Câmara - agora avisou que vai obstruir a votação da admissibilidade da PEC da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça. O dirigente diz que o partido não quer desestabilizar o governo e que a saída agora seria uma "irresponsabilidade". "O momento exige cautela e responsabilidade", declarou.
Siqueira explicou que a posição de obstrução da bancada se deve à necessidade de a bancada aprofundar as discussões sobre a reforma da Previdência. "Não temos necessariamente de apoiar tudo o que está proposto", enfatizou o presidente do PSB. Ele destacou que a postura não significa ruptura com o governo.
Hoje, o líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), disse que a posição da bancada causa "ruído" na base aliada. "É necessário rever esse posicionamento do PSB", afirmou Moura. "Atitude como a do André Moura não colabora", reagiu o deputado Júlio Delgado (PSB-MG). Delgado disse que a bancada optou por não votar mais nada em 2016 que seja polêmico e que signifique "atropelo" ao debate. "Não vamos agir com essa pressão", emendou Delgado.
Um dos deputados que pretende votar contra a reforma da Previdência é Gonzaga Patriota (PSB-PE). O parlamentar já votou contra a PEC do teto e disse que, apesar de defender a manutenção do partido na base governista, o PSB sempre terá uma posição independente. "Não tenho rabo preso com nenhum presidente, não ando atrás de cargos", justificou. O deputado disse que não tem como apoiar a reforma da Previdência do jeito que ela foi proposta pelo governo.
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