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PSDB vai evitar temas polêmicos em sabatina de Moraes

Senador tucano Aécio Neves conversa com Alexandre de Moraes, então ministro da Justiça, durante evento promovido pelo PSDB em Brasília - Pedro Ladeira/Folhapress
Senador tucano Aécio Neves conversa com Alexandre de Moraes, então ministro da Justiça, durante evento promovido pelo PSDB em Brasília Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Em Brasília

20/02/2017 20h12

Integrantes da cúpula do PSDB traçaram nesta segunda-feira, 20, a estratégia que irão adotar na sabatina do ministro licenciado do ministério da Justiça Alexandre de Moraes, para o Supremo Tribunal Federal (STF). A sessão está prevista para ser realizada nesta terça-feira, 21, a partir das 10 horas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Segundo integrantes da bancada do PSDB, partido ao qual Moraes foi filiado, a ideia é se concentrar apenas em questões técnicas e evitar temas polêmicos que deverão ser explorados por integrantes da oposição. "Vamos ficar muito mais na área técnica. Não vamos ficar questionando assuntos que não são pertinentes, como qual é a linha ideológica dele. Não há porque perguntar isso", afirmou o líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC).

De acordo com ele, não foi discutida dentro da bancada e por parte de lideranças da base aliada uma estratégia para encurtar o tempo da sabatina com intuito que a votação da indicação também seja feita amanhã pelo plenário do Senado.

Durante a sessão, cada senador terá dez minutos para formular seus questionamentos, e Moraes terá o mesmo tempo para responder. São previstas também réplica e tréplica, de cinco minutos cada. A sabatina não tem limite de tempo. A última, realizada em março de 2015 com Edson Fachin, durou mais de 12 horas.

"Não há nenhuma combinação no sentido de abreviar o debate. Acho que a melhor forma para não ter nenhum quesito depois é fazer a sabatina com total liberdade para todos se colocarem. Também não temos nenhuma preocupação quanto a possíveis ataques da oposição. Em sabatina não cabe a nenhum senador fazer a defesa ou ajudar", considerou o tucano.