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PSOL pede afastamento de Picciani da presidência da Alerj após condução coercitiva

Deputado estadual Jorge Picciani (PMDB-RJ), presidente da Alerj - Júlio César Guimarães/UOL
Deputado estadual Jorge Picciani (PMDB-RJ), presidente da Alerj Imagem: Júlio César Guimarães/UOL

Vinicius Neder

No Rio

29/03/2017 17h14

A bancada do PSOL na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) pediu o afastamento do presidente da Casa, Jorge Picciani (PMDB), da presidência, após ele ser conduzido coercitivamente para depor na Operação Quinto do Ouro, deflagrada nesta quarta-feira (29) pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF). A sessão da Alerj nesta tarde foi mantida, mas Picciani não compareceu ao parlamento após depor na Superintendência da PF no Rio.

Em nota, os deputados do PSOL afirmaram que "a presidência da Casa deve ser exercida por quem tenha isenção e condições de julgar as contas do Executivo, encaminhar a apreciação do pedido de impeachment do governador Luiz Fernando Pezão e de propor soluções que viabilizem o pagamento dos servidores estaduais, bem como saídas para a crise".

O texto da bancada do PSOL lembra que o Tribunal de Contas do Estado (TCE), principal alvo da operação de hoje, é um órgão vinculado ao Legislativo. "Seus conselheiros são eleitos pela Alerj, que é controlada pelo PMDB", diz a nota, que defende ainda que os conselheiros do TCE passem a ser escolhidos por critérios técnicos, entre profissionais de carreira.

Operação

O Palácio Tiradentes, sede da Alerj, no centro do Rio, foi alvo de buscas na manhã desta quarta-feira (29) conduzidas por procuradores e policiais federais. Os agentes estiveram no gabinete do deputado Jorge Picciani, presidente da Alerj, um dos alvos da operação O Quinto do Ouro, que investiga também pelo menos cinco conselheiros do Tribunal de Contas do Estado.

Picciani teve expedido mandado de condução coercitiva e foi levado para depor na sede da PF, também na região central da cidade. Ele chegou ao prédio por volta do meio-dia e saiu após cerca de três horas.

Os investigadores permaneceram cerca de três horas na Alerj. No entanto, ao contrário do publicado, não houve buscas nos gabinetes dos deputados estaduais Paulo Mello (PMDB-RJ) e Rafael Picciani, apenas no de Jorge Picciani.