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Advogado de Temer diz que voo em jatinho de Joesley não deveria entrar em inquérito

O presidente Michel Temer (PMDB) durante evento com empresários em São Paulo - Felipe Rau/Estadão Conteúdo
O presidente Michel Temer (PMDB) durante evento com empresários em São Paulo Imagem: Felipe Rau/Estadão Conteúdo

Fausto Macedo, Julia Affonso e Luiz Vassallo

São Paulo

07/06/2017 18h34

O criminalista Antônio Claudio Mariz de Oliveira, que representa o presidente Michel Temer, disse nesta quarta-feira (7) que "não vê nenhum problema" no fato de o peemedebista ter viajado em um jatinho particular. Mariz adverte, porém, que a viagem não pode ser incluída no âmbito da Operação Patmos, desdobramento da Lava Jato, que põe o presidente sob suspeita de corrupção passiva, obstrução da Justiça e organização criminosa.

O empresário Joesley Batista, da JBS, entregou à Procuradoria-Geral da República diário de bordo de seu Learjet PR-JBS que revela viagem do casal Temer e Marcela entre os dias 12 e 14 de janeiro de 2011 de São Paulo para Comandatuba, na Bahia.

"Esse fato não deveria ser analisado à luz do inquérito instaurado pois ocorreu, se é que ocorreu, em período anterior à Presidência da República, razão pela qual, de acordo com o artigo 86, parágrafo quarto da Constituição, não pode ser alvo de investigação."

Mariz é enfático. "No entanto, independente desse aspecto legal, não vejo nenhuma anormalidade no fato de o cidadão Michel Temer ter se deslocado em um avião que lhe foi emprestado."

Na avaliação do advogado "trata-se de fato corriqueiro que pode dizer respeito a qualquer um de nós".