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Temer prevê apresentação de defesa na CCJ nesta quarta-feira

Presidente Temer quer acelerar a votação da denúncia contra ele na Câmara - Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
Presidente Temer quer acelerar a votação da denúncia contra ele na Câmara Imagem: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Carla Araújo e Daiene Cardoso

Brasília

03/07/2017 18h31

Com o intuito de tirar o quanto antes da pauta da Câmara dos Deputados a denúncia contra ele, o presidente Michel Temer quer que a sua defesa seja apresentada na próxima quarta-feira (5) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). De acordo com interlocutores do presidente, o advogado Antonio Cláudio Mariz de Oliveira já trabalha na defesa desde que a denúncia foi apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no último dia 26, e os dois, em conversa no último sábado (1º), acertaram que há condições de que os argumentos do presidente estejam prontos até quarta.

Segundo um auxiliar do presidente, Mariz deve destacar na defesa a argumentação que já tem sido externada por Temer de que as provas - como a gravação com Joesley Batista - são ilícitas e que há vício na origem da denúncia.

Auxiliares do presidente ressaltam ainda que, com a entrega na quarta-feira, há condições de que a denúncia seja apreciada em plenário antes do recesso, no próximo dia 17. Apesar do otimismo, um interlocutor do Planalto reconheceu que o cenário é muito incerto e há vários fatores que fogem do controle do governo, como uma possível obstrução ou pedido de vista.

Na terça-feira (4), Temer deve receber uma romaria de parlamentares no Palácio do Planalto para continuar a articulação na tentativa de obter os 172 votos necessários para derrubar a denúncia no plenário.

O presidente da CCJ, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), deve escolher na terça (4) o relator da denúncia. O responsável pela relatoria terá cinco sessões, após a manifestação da defesa, para apresentar seu parecer.

O andamento da denúncia da Casa depende da abertura de sessões plenárias, já que os prazos são contados a partir de reuniões no plenário, seja para debates ou votações. Em tese, nas próximas duas semanas, há chances de haver pelo menos seis sessões plenárias - as próximas terças, quartas e quintas-feiras.

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